Autoridades avaliam ações para evitar prejuízos à mobilidade urbana durante manifestações
Com o objetivo de traçar estratégias conjuntas para prevenir transtornos à população em virtude de protestos populares, o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Dornelles, reuniu, nesta segunda-feira, 14, o Prefeito José Fortunati, os Secretários Estaduais de Segurança, Wantuir Jacini, e de Direitos Humanos, César Faccioli e o Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen.
Durante a reunião, que ocorreu no Palácio do MP, foram avaliados os resultados das últimas manifestações ocorridas na Capital como no dia 7 de dezembro, quando moradores contrariados com uma decisão judicial de reintegração de posse trancaram as avenidas Mauá e Julio de Castilhos, na entrada de Porto Alegre. O protesto congestionou dezenas de vias na cidade durante toda manhã.
De acordo com o Chefe do MP, a intenção é integrar as instituições públicas para atuar nesses casos tendo como diretriz a preservação do direito de ir e vir da população e a segurança de todos. “Nosso objetivo é qualificar a atuação dos órgãos públicos em episódios como os que ocorreram recentemente, pois o direito ao protesto de alguns grupos não pode causar prejuízos a uma cidade inteira”, disse Dornelles.
Para o Prefeito de Porto Alegre as manifestações tomaram outro perfil nos últimos anos. “Se há algumas décadas, os protestos consistiam em grandes caminhadas por uma das vias da avenida João Pessoa até o Centro, por exemplo, atualmente são adotadas estratégias mais agressivas que, por consequência, atingem toda a população”, frisou. Segundo ele, hoje um grupo de 50 ou 60 pessoas, por motivos que vão desde falta d’água até reintegrações de posse, prejudicam milhares de outras.
Na próxima quarta-feira, 16, representantes do MP e da Prefeitura participarão da reunião do Gabinete de Gestão Integrada, onde o tema será novamente debatido, desta vez com a presença de representantes da Brigada Militar.