Morte de surfistas no litoral é tema de audiência no MP
O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski, recebeu nesta quarta-feira, 10, representantes do Movimento Onda Sem Rede, que realizaram protesto na Capital pedindo a proibição das redes fixas de praia no Rio Grande do Sul. Em 1º de novembro, o estudante Thiago Rufatto, de 18 anos, morreu afogado após ficar preso a um cabo de rede em Capão da Canoa. A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Ordem Urbanística e Questões Fundiárias do MP, promotora Lisandra Demari, o presidente da Federação Gaúcha de Surfe, Orlando Carvalho, e o ex-deputado Sandro Boka, também participaram da audiência.
Na reunião, Ziomkowski se solidarizou com mães que deram depoimentos emocionados sobre a perda de filhos em redes nas praias gaúchas. “O que posso lhes assegurar é que o Ministério Público vai tomar uma atitude em relação a esses tristes episódios”, disse o Subprocurador. Ele ressaltou aos participantes que será agendada uma reunião com os Promotores de Justiça do Litoral para definição das medidas cabíveis. Uma das hipóteses é que um inquérito civil regional seja instaurado, objetivando decisões uniformes para todos os municípios. Em relação às redes fixas, Ziomkowski explicou que a proibição desses equipamentos passa por uma questão judicial, não podendo ser definida exclusivamente pelo MP.
Os integrantes do Movimento Onda Sem Rede também relataram ao Ministério Público a preocupação com a falta de salva-vidas nas praias fora do período oficial de verão e com as condições das guaritas no litoral. Eles entregaram cópia de manifesto ao Subprocurador-Geral, no qual pedem providências e lembram que Thiago Rufatto foi a 49ª vítima desde 1978.