MPRS articula ajuda para reformar Fundação Pão dos Pobres, instituição afetada pela enchente em Porto Alegre
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre Cinara Vianna Dutra Braga, vistoriou nesta quarta-feira, 5 de junho, as instalações da Fundação Pão dos Pobres, instituição social que é referência no serviço de acolhimento e aprendizagem profissional para 1,8 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade na Capital.
A enchente inundou praticamente toda a parte térrea do prédio construído em 1895 e atingiu salas de aula, cozinha, refeitório, banheiros e biblioteca. O acervo de 10 mil livros foi todo perdido, além de máquinas, fornos da cozinha, móveis e milhares de documentos que contam a história da instituição.
As 120 crianças e adolescentes que vivem no local foram acolhidos provisoriamente numa instituição na zona sul da Capital. E os 14 cursos de aprendizagem profissional, que atendem mais de mil jovens, estão suspensos.
Durante a vistoria, a promotora Cinara anunciou que a Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) vai ceder salas de aula para receber 28 turmas dos cursos de aprendizagem profissional, a partir de 12 de junho. Os jovens vão ter aulas teóricas de forma escalonada na instituição.
O Pão dos Pobres precisa de ajuda financeira para reformar parte do prédio e reequipar a instituição. E a promotora faz um apelo a todos os gaúchos: “Vamos participar de uma corrente do bem, vamos reerguer o Pão dos Pobres, referência no acolhimento institucional e aprendizagem profissional, que fez e faz a diferença na vida de milhares de crianças e jovens por meio de programas socioassistenciais. Vamos todos colaborar. Quem é do ramo da construção civil, do setor de móveis, faça contato com a gerência da instituição e faça uma contribuição para restabelecer plenamente os serviços, de grande relevância social, o mais rápido possível.”
João Rocha, gerente da Fundação Pão dos Pobres, diz que os estragos foram grandes: “A estimativa é de que sejam necessários R$ 4 milhões para reconstruir as instalações e essa articulação do Ministério Público para estimular a doação de recursos, vai ser importante para garantir a retomada do atendimento e a garantia dos direitos das crianças e adolescentes, que dependem da instituição”.