“Vai ser muito legal a gente aprender mais, para poder trabalhar com maquiagem”. Essa é a fala de uma adolescente, de 16 anos, antes do início da primeira aula do projeto Maquiarte, que tem como objetivo oferecer ferramentas para o exercício de uma atividade profissionalizante. Além dela, outras cinco adolescentes que cumprem medida socioeducativa no Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (Casef), em Porto Alegre, participam do curso.

Na primeira aula, realizada nesta quarta-feira, 23 de agosto, nas dependências do Casef, as seis adolescentes receberam da consultora de beleza Lisiane Gonçalves noções de como cuidar de cada tipo de pele, a importância de higienizar e hidratar. O tema da próxima aula será automaquiagem.

A ação é uma iniciativa do Ministério Público do Rio Grande do Sul, por meio da promotora de Justiça Carla Carrion Frós, e da Defensoria Pública do RS, por meio da defensora Paula Simões Dutra de Oliveira, com apoio da Associação do Ministério Público do RS e da Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do RS.

“O principal propósito do projeto é fazer com que essas adolescentes privadas de liberdade possam ter uma perspectiva quando saiam da unidade, possam ter uma profissão, possam trabalhar com uma atividade que traga alguma renda para elas no futuro”, ressalta Carla Frós. A promotora explica que o cumprimento de medidas socioeducativas impõe a busca pela reeducação e a ressocialização dos adolescentes, o que inclui, necessariamente, a profissionalização e o acesso ao trabalho.

No Maquiarte, as jovens poderão aprender, na prática, técnicas de maquiagem e autocuidado com uma consultora de beleza, que explicará noções de biossegurança e estilos de maquiagem. Ao final do curso, as adolescentes receberão um certificado e, aquela que se destacar, ganhará como premiação um kit de produtos.


Fotos: Tiago Coutinho | MPRS