Coronavírus: rede de parceiros faz doações para abrigos e casas lares do acolhimento institucional de Porto Alegre
A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre está articulando a rede de parceiros a fim de promover a arrecadação de doações para os abrigos e casas lares da Capital. O objetivo é atenuar a difícil situação das crianças e adolescentes do acolhimento institucional em decorrência do isolamento social. Até esta quinta-feira, 16 de abril, foram doados aos acolhidos 51 computadores, 50 litros de leite, 70 litros de iogurte, 26 quilos de salsicha, duas TVs, roupas, brinquedos, livros e alimentos diversos. Para a montagem de cestas básicas, foram doadas 2 mil sacolas plásticas. Ainda, uma caminhonete Spin foi destinada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) ao Abrigo João Paulo II, que atende em torno de 130 crianças e adolescentes.
A promotora de Justiça Cinara Vianna Dutra Braga salienta que está muito difícil o período de isolamento social decorrente da pandemia da Covid-19 no acolhimento institucional da Capital, pois são 20 crianças e adolescentes em cada abrigo e 10 nas casas lares. “Alguns evadem das casas e no retorno não querem tomar os cuidados devidos”, acrescenta. Diversos cuidadores já se afastaram do trabalho por serem do grupo de risco.
“Os equipamentos doados serão utilizados para o lazer e a educação remota, qualificando o atendimento dos acolhidos, o que nos deixa muito feliz”, diz Cinara, agradecendo aos parceiros, entre eles, empresas, profissionais de TI e colegas do MP. Segundo ela, algumas crianças e adolescentes são bolsistas em escolas da rede privada, que estão enviando tarefas online, e as casas contavam, de regra, com apenas um computador, o que era insuficiente.
Interessados em fazer doações para os abrigos e casas lares do acolhimento institucional de Porto Alegre podem enviar e-mail para pjij-acolhimento@mprs.mp.br.
