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MP participa de curso de capacitação para combate à pedofilia ministrado pela polícia americana

MP participa de curso de capacitação para combate à pedofilia ministrado pela polícia americana

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O promotor de Justiça da 11º Promotoria da Infância e Juventude de Porto Alegre - Proteção Criminal, Júlio Almeida, participou do Seminário Internacional “Child Protection Systems”, CPS, (Sistemas de proteção para crianças) para magistrados e membros do Ministério Público, na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

O evento foi organizado pelo TJ/RJ em parceria com a U.S. Immigration and Customs Enforcement, ICE, (Agência de Imigração e Alfândega dos EUA), que é a encarregada de aplicar as leis de imigração dos Estados Unidos e investigar atividade criminosa e terrorista de estrangeiros residentes nos Estados Unidos.

A programação, nos dias 20 e 21, contou com diversas palestras sobre exploração sexual infantil na internet, com especialistas no combate desse tipo de crime nos Estados Unidos e no Brasil. A parceria entre governo e ONGs para combater esses crimes, plataformas de investigação e uso de ferramentas também foram tratados no seminário.

Entre os palestrantes, o agente especial da CPI, Jed Hischi, o representante da ICE no Brasil, Aristides Moura e a promotora Federal dos Estados Unidos, Charlyn Rees.

Júlio Almeida, que atua na investigação de crimes cometidos por adultos contra crianças e adolescentes, incluindo os crimes cibernéticos, ressaltou que durante o seminário foram apresentados programas que possibilitam as autoridades o mapeamento, a localização, a identificação e a prisão de pedófilos que compartilhem imagens de qualquer ponto do planeta. “Essa tecnologia já vem nos ajudando nas últimas operações que realizamos em conjunto com a polícia. Os detalhes trazidos durante o seminário, sobre os tipos de programas utilizados pelos criminosos e a possibilidade de rastreá-los, colocando abaixo a cortina do anonimato, que tanto os tranquiliza, nos mostra que, cada vez mais, precisamos, não apenas o MP, mas todas as instituições públicas, aprimorar as ferramentas que nos propiciem sucesso nessas investigações. Essas pessoas precisam ser identificadas e presas porque, além do crime de compartilhamento de imagens, sabe-se que, de acordo com estudos também apresentados no encontro, 70% dos pedófilos que atuam no ambiente virtual chegam a abusar fisicamente de suas vítimas”, concluiu o promotor.

Os resultados do seminário foram apresentados ao procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen. O Ministério Público deve incorporar os conhecimentos para aprimorar o trabalho de investigação de crimes cibernéticos cometidos contra crianças e adolescentes no estado.



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