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Promotoria da Infância e Deca devem ampliar trabalho conjunto em relação às crianças desparecidas

Promotoria da Infância e Deca devem ampliar trabalho conjunto em relação às crianças desparecidas

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A promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre Inglacir Delavedova participou na sexta-feira, 06, como painelista, do seminário “Crianças Desaparecidas”, promovido pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. O evento reuniu também representantes do Cremers, da Polícia Civil, da ONG Mães da Sé e especialistas no tema junto ao Conselho Federal de Medicina.

Segundo a promotora, o seminário inspirou mudanças no trabalho da Promotoria, que criará um expediente específico para essas situações. “A ideia é criar um expediente semelhante ao Núcleo Operacional de Inclusão de Crianças e Adolescentes em Situação de Rua (NOICA), que realiza reuniões periódicas com setores da administração e da rede de proteção para ter um olhar diferenciado em relação às crianças e adolescentes em situação de rua. Além disso, durante o encontro, conhecemos experiências bem sucedidas em outros lugares do país, é isso é enriquecedor”, explicou Inglacir Delavedova.

Depois do seminário, a promotora acompanhou o secretário-geral do Conselho Federal de Medicina, Henrique Batista e Silva, e a coordenadora da Comissão de Ações Sociais do CFM, Paula Peixoto, em uma visita ao Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), que realiza mutirões mensais para a localização de desaparecidos, trabalho que é referência no país.

“Como nós temos uma integração grande com os profissionais do Deca nas fiscalizações do Fórum do Álcool e nas casas noturnas do centro, vamos começar a nos reunir para aumentar a integração no trabalho voltado aos desaparecidos. Na medida em que um adolescente foge de casa, geralmente percebemos um conflito familiar ali, que se trata de uma vítima de abuso ou maus-tratos. O fato é que normalmente o mais velho consegue fugir, mas sobram os irmãos menores e, nesses casos, precisamos de acompanhamento da rede de proteção para a família toda e também para quando, sendo exitoso o trabalho de localização, houver o retorno daquele adolescente que tinha fugido. Precisamos trabalhar na solução do conflito, seja na reestruturação da família ou, se for o caso, a retirada da família”, concluiu Inglacir.



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