MP participa de Capacitação em Terapia Cognitivo-Comportamental para a Ressocialização de Jovens Infratores
A terapia cognitivo-comportamental como alternativa para reduzir a criminalidade e a reincidência de jovens infratores foi apresentada nesta segunda-feira, 31, no seminário "Diálogos e Intercâmbio de Experiências em Segurança Cidadã: Capacitação em Metodologia de Terapia Cognitivo-Comportamental para a Ressocialização de Jovens Infratores da Lei".
O evento contou com a participação do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, César Faccioli, e reúne servidores da Fundação de Atendimento Sócioeducativo do Rio Grande do Sul, autoridades e profissionais da área até a próxima quarta-feira, 2. O MP, como convidado, participará de todos os momentos do Seminário, assim como os demais integrantes do Sistema de Justiça Juvenil.
“Com esta participação, pretende-se buscar mais subsídios técnicos e informações sobre experiências de aplicação e medição de resultados desta ferramenta terapêutica que já foi utilizada nos EUA e na Europa”, conta Faccioli. Conforme o subprocurador, existe a possibilidade da mesma ser disponibilizada para manejo pelos operadores do sistema de sócioeducação do RS em primeira experiência na América Latina.
A capacitação é promovida em Porto Alegre pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em cooperação com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, e integra as ações do Programa de Oportunidades e Direitos. O evento reúne também representantes dos sistemas socioeducativos de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco. O objetivo é capacitar esses profissionais para a utilização da terapia cognitiva-comportamental como uma forma de qualificar a ressocialização desses jovens e reduzir a reincidência e o envolvimento em delitos.
O curso é ministrado pelo professor norte-americano Jack Bush, PHD em terapia cognitivo-comportamental, que desenvolveu o método dentro de “centros correcionais” e prisões dos Estados Unidos. A metodologia consiste em utilizar esta linha de terapia para mudar os pensamentos dos infratores que produzem o comportamento criminoso.
Na abertura do evento, o coordenador de ações do BID no Brasil, Dino Caprirolo, destacou os avanços já obtidos neste processo e os desafios no enfrentamento da delinquência juvenil.
Para a Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, a metodologia, já implantada também no Reino Unido, Irlanda e Austrália, deve agregar outras ações já implantadas dentro da Fase, como os investimentos em aprendizagem e melhorias nos sistemas de revista e monitoramento.
Também participam do evento o presidente da Fase, Robson Zin, a procuradora do Estado Ana Brenner e o juiz da Vara da Infância e Adolescência, Charles Maciel Bittencourt.