Acolhimento: projeto Egrégora é lançado em Passo Fundo
Foi lançado nesta segunda-feira, 24, em Passo Fundo, o projeto Egrégora, que tem como principal objetivo proporcionar o envolvimento da comunidade local com as casas de acolhimento institucional e as famílias acolhedoras do Município. Também foi assinado no evento - que teve grande participação de autoridades e representantes técnicos do acolhimento institucional - um termo de cooperação para implantação da iniciativa.
O PROJETO
A Promotora de Justiça Clarissa Ammélia Simões Machado, que coordena o projeto, relatou durante o lançamento alguns dos principais problemas encontrados nesta área, mas destacou para o trabalho desempenhado pelos técnicos da Prefeitura. “O MP na sua missão de fiscalizar os programas de acolhimento institucional e familiar por vezes se depara com situações muito tristes e alarmantes”, informou.
A comunidade de Passo Fundo poderá participar do projeto Egrégora através da oferta de serviços e atividades em áreas como educação, saúde, esporte e lazer para os acolhidos. Atualmente, Passo Fundo tem cerca de 80 crianças e adolescentes em quatro casas de acolhimento.
Clarissa Ammélia Simões Machado também destacou para a importância dos parceiros na iniciativa na busca da profissionalização de adolescentes que não foram adotados ou não voltaram para a sua família de origem e ainda estão nas casas de acolhimento. “O acolhido que completa a maioridade precisa ser gradualmente inserido no mercado de trabalho e precisamos de ajuda para que eles tenham uma vida ao sair das casas de acolhimento”, avaliou.
Ainda estão previstas no projeto a possibilidade de doações financeiras e de bens materiais para as casas de acolhimento, como móveis e eletrodomésticos. Egrégora é uma palavra de origem grega que significa a força espiritual criada a partir da soma de energias coletivas.
FUNCIONAMENTO
As propostas para auxílio das casas de acolhimento serão previamente avaliadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e posteriormente referendadas pelo Ministério Público. "As pessoas que participarem do projeto precisam ter um perfil adequado, para o trabalho ser realizado com continuidade, uma vez as crianças e adolescentes acolhidos já estão em situação de vulnerabilidade”, avaliou Clarissa Ammélia Simões Machado.
Foi apresentado pela proprietária da WG Assessoria em Comunicação, Marilise Wibelinger, um vídeo explicativo do Egrégora.
UNIÃO
O Subproucrador-Geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Fabiano Dallazen, prestigiou o lançamento do projeto e salientou que o Egrégora é a união através do comprometimento entre o Poder Público, sociedade e o Ministério Público. “Vemos que todos os presentes nesse lançamento estão comprometidos com este projeto, que é um exemplo e que pode ser repercutido para além das fronteiras deste Município”, afirmou.
MANIFESTAÇÕES
Na sequência, a Defensora Pública Anelise Calieron Sturm reforçou na sua manifestação que as crianças acolhidas necessitam de um olhar especial da comunidade em que estão inseridas.
O Juiz de Direito Dalmir Franklin de Oliveira Jr. discorreu que o seu trabalho é voltado para crianças que foram retiradas do convívio familiar em razão de alguma violação de direitos. “Este é um ato de extrema gravidade para a vida deste sujeito”, considerou.
Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Passo Fundo, Márcio Assis Patussi, postulou que o Egrégora é uma iniciativa inovadora que busca criar uma rede de parceiros para um objetivo comum.
O Prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, explicou que o projeto nasceu através da inspiração do Ministério Público, mas ressaltou que o Poder Público local também contribuirá no desenvolvimento. “Temos uma tarefa gigantesca e este deve ser um mecanismo de solidariedade.”
PRESENÇAS
Também prestigiaram o lançamento do projeto os Promotores de Justiça Cristiano Ledur, Cleonice Rodrigues Aires, Denilson Belegante e Cristiane Cardoso. Ainda participaram representantes do Poder Judiciário, Brigada Militar, Conselho Tutelar, das casas de acolhimento, da Prefeitura Municipal, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, entre outras autoridades.
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