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Projeto “Registrar para Existir” finaliza o ano com êxito em Passo Fundo

Projeto “Registrar para Existir” finaliza o ano com êxito em Passo Fundo

marco

A parceria entre Ministério Público, Cartório de Registro Civil e hospitais de Passo Fundo e São Vicente de Paulo tem garantido, desde 2001, maior facilidade ao registrar os recém-nascidos nas instituições hospitalares dentro do prazo legal.

Os dados do programa são animadores. Na quinta-feira, 5, a Promotora de Justiça responsável, Ana Cristina Ferrareze Cirne, reuniu os representantes dos hospitais, Conselhos Tutelares e do Cartório de Registro Civil para reunião de avaliação dos dados relativos aos registros de nascimento efetuados no terceiro trimestre do ano de 2013 (julho a setembro).

Segundo relatórios apresentados, 927 crianças nasceram no Município. Desse número, 552 foram registradas nas maternidades dos hospitais e 269 no Cartório de Registro Civil. Somente uma criança dentre as nascidas vivas ainda não foi registrada, sendo que o Conselho Tutelar já está adotando providências necessárias para a efetivação do registro, como estipulado no Termo de Integração Operacional. Caso não obtenha êxito, o Ministério Público é acionado.

Conforme Ana Cristina Ferrareze Cirne, há aproximadamente 11 anos os bebês nascidos em Passo Fundo têm a possibilidade de saírem já registrados das maternidades. “Esta é uma grande conquista que se consolida, cada vez mais, pela dedicação e eficiência das entidades e órgãos envolvidos. Com o registro de nascimento as crianças têm um dos seus mais importantes direitos fundamentais assegurados, o qual garante a efetivação de todos os outros direitos previstos constitucionalmente”, explica a Promotora.

O Projeto “Registrar para Existir”, cujo objetivo é reduzir o número de sub-registros de nascimentos no Município de Passo Fundo, foi instituído pelo Ministério Público através da 2ª Promotoria de Justiça Especializada, a qual é pioneira no Estado na iniciativa de efetivamente assegurar a todas as crianças o direito à cidadania.

O serviço é oferecido pelo Hospital da Cidade e pelo Hospital São Vicente de Paulo. Os dois hospitais têm em suas dependências um local adequado para a instalação do Posto de Atendimento do Ofício de Registro Civil, onde os funcionários do cartório informam aos pacientes a existência dessa atividade, a fim de oferecer orientação sobre a importância do registro.

Como funciona

A ação é integrada e cada um dos setores se responsabiliza por uma parte do processo. Semanalmente, tanto o Hospital São Vicente de Paulo quanto o Hospital da Cidade fornecem ao Cartório de Regiro Civil, localizado em suas instalações, um formulário no qual consta a relação de todas as crianças nascidas naquele hospital. Uma vez por mês, o Ofício de Registro analisa a listagem contendo as crianças nascidas, com família residente em Passo Fundo, que não foram registradas dentro do prazo legal – correspondente a 30 dias - e faz o encaminhamento do relatório para o Conselho Tutelar.

Apenas os casos em que o Conselho Tutelar não obtiver êxito serão enviados ao Ministério Público, o qual possui um procedimento instaurado para acompanhar a listagem das famílias que não registraram seus filhos e que não foram localizados pelo Conselho Tutelar, para a adoção das medidas legais cabíveis.

Novidade

O Ministério Público, por meio do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude, Educação, Família e Sucessões, firmou no início deste mês um Termo de Cooperação com a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) visando à instalação de unidades de Registro Civil nas maternidades, principalmente nos municípios onde há resistência por parte dos hospitais. Assinaram o documento a Coordenadora do Caoijefam, Maria Regina Fay de Azevedo, e a Presidente da Arpen, Joana D’Arc de Moraes Malheiros.

Veja aqui o gráfico comparativo.



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