Instituições se unem no combate à exploração sexual infantil na Capital
Nas próximas semanas, o Ministério Público receberá a indicação, pela Brigada Militar, Departamento Estadual de Proteção à Criança e Adolescente (Deca) e Conselho Tutelar de Porto Alegre, dos nomes dos integrantes do Grupo de Trabalho que atuará no combate à exploração sexual comercial infanto-juvenil. A partir disso, com dados dos segmentos de inteligência das instituições, será feito o mapeamento dos locais onde deverão ocorrer ações integradas para a responsabilização dos aliciadores e a proteção das crianças e adolescentes exploradas, com encaminhamento para serviços de saúde e assistência social. A comunidade também poderá auxiliar as investigações com denúncias para o disque 100, do Governo Federal.
Um Termo de Compromisso de Integração Operacional foi assinado na manhã desta quarta-feira, 11, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, para a integração entre as instituições. Firmaram o termo o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Alexandre Spizzirri, o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, o chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Júnior, e o comandante-geral de Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu. No documento, eles se comprometem em manter reuniões mensais para delimitar as ações, metas e estratégias do trabalho.
"Esse é um momento muito especial para o MP, para que comecemos um trabalho a longo prazo de luta contra esse crime e proteção às crianças e adolescentes", frisou Spizzirri durante a assinatura do documento. Conforme ele, em Porto Alegre, são registrados dois mil casos de abuso sexual contra menores de 18 anos. Esse número também aborda situações de exploração sexual comercial, mas a expectativa do Promotor é que se consiga delimitar exatamente os locais onde ocorrem, quantos jovens são vítimas, quem são os responsáveis e quais ações realizar em cada caso.
Para ouvir entrevista de Alexandre Spizzirri, clique aqui.