Evento na Capital debate combate às drogas
O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Lemos Dornelles, representou o Ministério Público na solenidade de abertura do seminário “Combate ao Crack e outras Drogas Ilícitas”, que acontece nesta sexta-feira, 12, na Assembleia Legislativa. O evento é promovido pela Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara dos Deputados (Cedroga) e pela Subcomissão contra o Crack do Parlamento gaúcho e tem o apoio da Associação do MP e do Instituto Crack Nem Pensar. Também participaram da solenidade de abertura o presidente da Associação do MP, Victor Hugo Palmeiro de Azevedo Neto, e o promotor de Justiça Rodrigo Schoeller de Moraes. Logo do início dos trabalhos, o grupo pelotense Manifesto, formado por ex-dependentes da droga, fez uma apresentação artística aos participantes.
Em sua manifestação, Dornelles, que também é presidente do Instituto Crack Nem Pensar, lembrou que a entidade nasceu da necessidade de discutir o tema da drogadição. “Viamos que muitas ações eram propostas, mas que havia uma desarticulação do poder público e da sociedade”, frisou. O Subprocurador Institucional também destacou que o instituto está se consolidando e ajudando na articulação de iniciativas para combater o problema. “Que juntos possamos melhorar a questão da drogadição no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil, com a participação de todos”, finalizou.
O presidente da AL, deputado Adão Villaverde, disse que todos devem ter consciência da dimensão do problema das drogas, principalmente do crack. “Caso contrário, não criaremos um futuro para nossa população. O quadro atual é o pior possível”, salientou. Ele também defendeu que todos busquem e cobrem a implementação de políticas públicas para combate, tratamento e educação contra as drogas. A deputada estadual Miriam Marroni, que preside a Subcomissão contra o Crack da AL, disse que o grupo quer reascender a discussão sobre a necessidade de políticas públicas que tratam do combate à dependência química. “Ainda não temos uma rede capaz de atender essa doença. Avançamos em aspectos como a criação de centros psicossociais e leitos para intenração, mas há muito o que ser feito”.
O deputado gaúcho Vieira da Cunha, presidente da Comissão Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara Federal ressaltou que o seminário é mais uma etapa do trabalho do grupo. “Semanalmente realizamos reuniões e audiências públicas. Parlamentares estão percorrendo o país para recolher angústias da sociedade e verificar deficiências da rede de atendimento. Posteriormente, apresentaremos um relatório final, com as melhorias que devem ser implementadas urgentemente”, explicou. Relator da Comissão, o deputado federal mineiro Reginaldo Lopes defendeu que a mobilização da sociedade é fundamental para incluir o tema do enfrentamento ao crack na pauta da sociedade. Ele parabenizou o que classificou como “uma sinergia favorável ao tema, com participação do Ministério Público, envolvimento de pais e filhos e das comunidades em geral”.