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MP acompanha processo eleitoral do Conselho Tutelar de Porto Alegre

MP acompanha processo eleitoral do Conselho Tutelar de Porto Alegre

marco
Edital para inscrição dos interessados em participar da eleição abriu no final de setembro e a votação está prevista para março do ano que vem

O Ministério Público já está fiscalizando os procedimentos do pleito eleitoral de 2011 para escolha dos conselheiros tutelares de Porto Alegre, especialmente diante das alterações provocadas pela lei 640/2010, que estabelece uma série de requisitos que os candidatos devem cumprir para integrar o Conselho Tutelar. O edital para inscrição dos interessados em participar da eleição abriu no final de setembro, e a votação está prevista para março do ano que vem.

Com as modificações na legislação municipal, para se candidatar a conselheiro tutelar, a pessoa deve ter ensino médio completo, experiência comprovada em atividades de assistência à criança e ao adolescente, além de cursos de capacitação. Além disso, deverão comprovar idoneidade e responder a uma prova de conhecimentos específicos sobre o tema, que será analisada por uma banca constituída por especialistas indicados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

A promotora de Justiça da Infância e da Juventude, Synara Buttelli, integrante da comissão organizadora do processo eleitoral, avalia que as exigências qualificam o procedimento. “Essas mudanças trazem implicações sociais profundas. A questão da escolarização, da comprovação de idoneidade e da exigência de uma experiência na área tendem a melhorar a assistência aos menores”, considera.

O tema foi um dos assuntos debatidos no VII encontro Conversando sobre Conselhos Tutelares, realizado na sede do Ministério Público nesta terça-feira, 5, que tratou também sobre as recentes alterações do Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial a partir da Lei 12.010/2009, chamada A Nova Lei da Adoção. O evento foi promovido pelo Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nucriad).

O promotor de Justiça de Lajeado, Neidemar Fachinetto, abordou a legislação, reiterando as atribuições e responsabilidades dos conselheiros tutelares na defesa dos direitos da criança e do adolescente e na questão do encaminhamento para acolhimento institucional. “O direito à convivência familiar é o principal tema. Devem ser esgotadas todas as possibilidades de convivência com a família biológica ou extensiva, e somente assim levar ao acolhimento, que deve ser tratado como exceção" disse Neidemar, salientando que a determinação sobre o acolhimento institucional da criança ou adolescente já não é mais atribuição do Conselho, e sim do Ministério Público e do Juizado da Infância e da Juventude.

Conforme a coordenadora do Nucriad, Elizabeth Masera, a atividade, que ainda integrou a comemoração dos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, teve como objetivo a capacitação dos conselheiros tutelares e demais integrantes da rede de proteção e também preparar os interessados em se candidatar para compor a próxima gestão do Conselho Tutelar de Porto Alegre.



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