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MP reúne estudantes para debater soluções para violência escolar

MP reúne estudantes para debater soluções para violência escolar

marco
A atividade será realizada nesta sexta-feira, 24, no auditório do Ministério Público, na Aureliano de Figueiredo Pinto, 80

Agora é a vez dos estudantes participarem dessa discussão. Alunos de diversas instituições de ensino do Rio Grande do Sul, tanto da rede pública quanto da privada, irão se reunir no Ministério Público para que se envolvam no debate e auxiliem nas construções de soluções para a violência escolar. O encontro faz parte do seminário “Violência escolar tem saída!”, promovido pelo MP, por meio do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude (CAOIJ). A atividade será realizada nesta sexta-feira, 24, no auditório do Ministério Público (Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, 80). A primeira etapa do seminário aconteceu em agosto, quando o MP reuniu professores para falar sobre o tema.

Um dos principais focos da atividade será o bullying, uma forma de violência física ou psicológica praticada por um aluno ou grupo de alunos contra uma ou mais vítimas, com o objetivo de intimidar, agredir fisicamente, isolar ou humilhar essa pessoa. Conforme a coordenadora do CAOIJ, Maria Ignez Franco Santos, a iniciativa busca mudar os paradigmas de atuação no enfrentamento do problema. Segundo a Procuradora, esse é um fenômeno complexo, causado por inúmeros fatores, como sociais, culturais e econômicos. “Vamos ouvir a criança e o adolescente para compreender o bullying e integrar os alunos, agressores e vítimas, na construção conjunta de soluções”, explica.

Um dos principais propósitos do evento é multiplicar a experiência do Projeto Escola Sem Violência, desenvolvido na Escola Estadual de Ensino Médio Padre Reus. A iniciativa, coordenada pelo professor Aloízio Pedersen, é desenvolvida desde 2006, e obteve como resultado a redução da prática de bullying e de depredação do patrimônio da escola. Segundo Pedersen, os alunos participam ativamente das atividades, por meio de trabalhos artísticos e culturais, como a produção de filmes, peças de teatro e música. Na avaliação dele, não basta reprimir e punir. Assim, o projeto, além de conscientizar, canaliza a energia dos adolescentes para as produções, onde eles encontram um meio de se expressar e se manifestar sobre suas realidades.

Toda a programação do evento será executada pelos alunos que protagonizam o projeto, e será formada por um seminário sobre bullying, ilustrado com vídeos, músicas, teatro, banners e blogs, criados pelos próprios estudantes.

Cada jovem presente no evento receberá um certificado, atestando a participação no seminário e o compromisso assumido de disseminar na escola experiências que permitam maior harmonia no ambiente escolar. “A ideia é que os jovens sejam difusores de iniciativas e protagonistas de mudanças nas suas escolas, para que os alunos participem ativamente desse processo”, explica Maria Ignez Franco Santos.

O Rio Grande do Sul possui uma lei que dispõe sobre o combate da prática de bullying pelas instituições de ensino, prevendo que as escolas, com apoio da sociedade civil, do poder público e de entidades, desenvolvam projetos com este foco, envolvendo alunos, professores e também a família nessas ações. A norma foi publicada em junho deste ano. A capital gaúcha também possui uma lei que trata sobre o tema desde março de 2010.



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