Quarta edição do Escolegal é lançada no MP
Lançada nesta quarta-feira, 25, a 4ª edição do projeto “Escolegal” pretende aprofundar o debate nas escolas gaúchas sobre os ilícitos socialmente aceitos. O trabalho é uma iniciativa conjunta do Ministério Público, Instituto de Combate à Fraude e Defesa da Concorrência (ICDE) e Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs). Neste ano, serão atingidas 200 escolas da Capital, Região Metropolitana e Interior do Estado. São considerados ilícitos socialmente aceitos práticas como pirataria, pequenos atos de corrupção e sonegação de impostos. O “Escolegal” também integra o projeto “O que você tem a ver com a corrupção?”, do MP.
O programa de atividades do projeto inclui ações presenciais nas escolas de Porto Alegre e Região Metropolitana e macro oficinas com grupos de escolas do Interior. Além disso, está prevista a I Semana de Defesa da Concorrência do RS e atividades nos Dias Nacional de Combate à Pirataria (03/12) e Mundial de Combate à Corrupção (09/12). O material a ser distribuído durante a campanha inclui manual sobre o Escolegal, gibi do super-herói “Etix” e um game com a versão eletrônica do personagem. Informações atualizadas também poderão ser obtidas através do blog www.escolegal.blogspot.com.
“Queremos mobilizar a sociedade em torno dos valores e da ética a partir da educação”, explica o diretor do ICDE, Rodrigo Lagreca. “Nosso foco principal está nos educadores. Acreditamos que o indivíduo tem o poder de agir na transformação social”, ressalta. O coordenador da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, promotor Cesar Faccioli, saudou a importância da construção de redes de parcerias. Além de trabalhar a corrupção pelo viés punitivo, Faccioli salientou que é necessário “empoderar o cidadão contra o convite à corrupção. E isso só se obtém através da educação, tentando estruturar nas crianças aqueles valores que servirão de base para a nação brasileira”.
Em sua manifestação, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luiz Carlos Ziomkowski, destacou que a pirataria, um dos ilícitos socialmente aceitos, já é apontada como o crime do século, envolve somas que chegam a US$ 5 trilhões e encobre outras práticas criminosas. “Unidos e trabalhando em cooperação poderemos atingir grandes resultados”, disse Ziomkowski, ao revelar que estar integrado e atuar em conjunto com outras instituições atende objetivo inserido no Mapa Estratégico do MP. A opinião foi compartilhada pelo coordenador-geral da Famurs, Rogério Côser, que destacou o apoio da Federação às iniciativas do projeto em cada município.
Uma das participantes do projeto, a professora Isabel Cristina Barnetche, da Escola Estadual de Ensino Fundamental Olegário Mariano, definiu como “um presente trabalhar em tudo que pode melhorar a sociedade”. Isabel também depôs sobre a possibilidade de “formar pessoas e mudar comportamentos. Na sequência, foi apresentado um vídeo sobre o trabalho na Escola Olegário Mariano, seguido de depoimento de alunos sobre a iniciativa.
Apoiam o projeto Governo Federal, Governo do Estado, Prefeitura de Estância Velha, Tribunal Regional Federal, Banrisul, Corag, Fórum Estadual de Defesa do Consumidor, Pensamento Nacional das Bases Empresariais, Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, Sport Club Internacional e Consultoria em Direito Público.
