Padrasto será denunciado
Com base no inquérito policial, o Ministério Público de Iraí oferecerá denúncia até o final da tarde desta quinta-feira contra o padrasto acusado de ter estuprado a enteada de 11 anos. A menina está grávida e no sétimo mês de gestação. O pedreiro, de 51 anos, foi indiciado pela Polícia por estupro, mediante violência presumida. E de acordo com o promotor de Justiça Adriano Luís de Araújo, o homem será agora denunciado pelo crime de "estupro contra menor de 14 anos e praticado pelo padrasto". A pena prevista no Código Penal é de nove a 15 anos de reclusão.
O Ministério Público tomou essa posição após analisar avaliações complementares que foram solicitadas e depois de obter a declaração do implicado, juntada nesta quarta-feira ao inquérito policial. O pedido de prisão preventiva contra o agressor, feito pela Polícia à Justiça, está sendo examinado pelo Promotor de Justiça.
A menina está internada no Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela, em um dos cinco leitos da Casa da Gestante, destinada a grávidas com risco moderado. O caso chegou ao conhecimento da Polícia em dezembro, quando a madrasta da criança a levou ao médico, com a suspeita de gravidez que foi confirmada por exames.
Desde os seis meses, a menina era criada pela tia de sua mãe biológica e pelo marido dela. O casal, na época da adoção, que não foi legalizada, morava em Novo Hamburgo, onde a criança nasceu. O casal e a menina moravam desde o ano passado em Iraí. Antes, os três residiam no Paraná.
Após a denúncia na delegacia, o padrasto sumiu. A criança relatou, inicialmente, que o filho era de um menino, mas acabou admitindo que manteve relações sexuais com o padrasto por três vezes, a partir de julho de 2008. O suspeito se apresentou na delegacia no mês passado e admitiu ter violentado a enteada uma vez, mas afirmou que a criança foi quem tomou a iniciativa de manter a relação sexual.