Pelotas recebeu a Jornada
O sexto encontro da VI Jornada contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes aconteceu na noite de segunda-feira, 29, no Auditório da Universidade Católica de Pelotas.
Com o tema “Sensibilização: um novo olhar e uma nova consciência”, a atividade traz a proposta de refletir sobre os caminhos a serem tomados na construção de uma sociedade que valorize os direitos fundamentais de crianças e adolescentes. O alvo são os futuros profissionais das ciências que envolvem o cotidiano desta faixa etária, como os dos cursos de Direito, Pedagogia, Letras, entre outros, oferecidos pela Católica.
Desde 2003, as audiências públicas promovidas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul têm sido um espaço para denúncias, reflexões e encaminhamentos de propostas visando à qualificação da rede de proteção.
O reitor da UCPel, Alencar Mello Proença, agradeceu ao Ministério Público a oportunidade de debater um assunto tão importante para os alunos da Católica e para a população em geral.
Depois foi a vez da representante da Prefeitura de Pelotas e coordenadora do Programa de Prevenção da Violência, Júlia Frio. Ela falou das medidas adotadas pela Prefeitura e PPV, utilizados contra a violência e exploração sexual infantil. Destacou, ainda, o incentivo à denúncia.
Representando a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, Liziane Nunes agradeceu a oportunidade e colocou a fundação à disposição de todos para esclarecimentos.
O coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, deputado Miki Breier, defendeu os direitos e deveres das crianças e dos adolescentes, instituídos no ECA, que recentemente completou 18 anos.
Por fim, o promotor de Justiça José Olavo Bueno Passos, representando o Ministério Público, traçou um breve histórico das Jornadas, destacando o trabalho do coordenador do CAO da Infância e Juventude, promotor de Justiça Miguel Velasquez. Passos também mostrou alguns dados e estatísticas levantados pelo próprio CAO da Infância e falou sobre a realidade municipal.
A atual situação da infância e da juventude no País, de acordo com o Promotor, diz que “a primeira causa que leva a criança de até 10 anos à morte é a violência e 75% dos abusos são cometidos em casa, lugar mais perigoso para crianças de 0 a 4 anos de idade. A cada dia, conforme a ONU, 16 crianças e adolescentes são assassinados no Brasil”.
Ao finalizar, o Promotor ainda mostrou o histórico de denúncias recebidas no Estado: “Em 2005 o total de denúncias encaminhadas foi de 406, enquanto que até o dia 10 de julho deste ano era de 1.057”. (Fonte/Relacionamento)