Menu Mobile

Torres recebe VI Jornada

Torres recebe VI Jornada

marco
VI Jornada contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes aconteceu na noite de segunda-feira, 22, no Campus da Ulbra, em Torres

O evento, que neste ano é direcionado ao público universitário, é promovido pelo Ministério Público, através do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Assembléia Legislativa e Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. Conta, ainda, com o apoio de outros 17 parceiros.

Abrindo o debate, o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, deputado Miki Breier, salientou que o público acadêmico foi escolhido como foco exatamente porque serão eles os futuros profissionais, que terão que enfrentar essas questões. “A teoria nem sempre ensina como as coisas funcionam na vida prática, no dia-a-dia. E precisamos conhecer, sim, este crime hediondo que está tão silenciosamente próximo de todos”, disse. O Deputado acredita que com uma rede de proteção unida, o Estado pode vir a ser, futuramente, um modelo de enfrentamento da questão.

Miki Breier defendeu, ainda, que todos devem tomar conhecimento do conteúdo do ECA, antes de ouvir comentários maldosos tecidos por quem desconhece o teor do Estatuto. “Quem fala mal do ECA e diz que ele tira a autoridade dos pais, com certeza não sabe a diferença entre autoridade e autoritarismo.”

O promotor de Justiça Vinicius de Melo Lima, representando o Ministério Público, traçou um breve histórico das Jornadas, destacando o trabalho do Coordenador do CAO da Infância e Juventude, Miguel Velasquez. Em pé, próximo à platéia, o Promotor defendeu que a principal necessidade nos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes é que se rompa a cultura do silêncio, o que impera entre os envolvidos e testemunhas (na maioria dos casos, membros da própria família do abusado, como pai, avô, padrasto).

Lima ressaltou, também, a importância da abordagem e da metodologia utilizada na inquirição da criança vítima, citando o projeto “Depoimento Sem Dano”, inspirado na pesquisa desenvolvida pela promotora de Justiça Veleda Dobke, que trouxe grandes avanços na obtenção de provas relacionadas aos abusos. “Precisamos ter um olhar não apenas jurídico, mas social, psicológico. Não podemos ser meros aplicadores do direito”, disse.

A jornalista Nelcira Nascimento, que falou pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, relatou sua experiência de repórter da área social. “Não sou técnica”, explicou, “apenas trilho com eles o caminho da aprendizagem” disse a jornalista, que já se viu envolvida em inúmeros casos de abuso. “Procurar a Imprensa também pode ser um meio de ajudar a rede a ser mais ágil na proteção dessas crianças em risco”, lembrou.

Segundo a professora Débora Borges, da Ulbra Torres, última a se manifestar no debate, “a compreensão de que a violência contra a criança é também contra cada um de nós é o primeiro passo para combater esse mal silencioso”.

Por fim, os debatedores responderam a diversos questionamentos do público de acadêmicos e professores presente ao evento. O próximo encontro acontece no próximo dia 25, em Passo Fundo.
(Texto/Relacionamento)



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.