Meninos e adolescentes sem abrigo
As crianças e adolescentes vítimas de abandono ou maus tratos normalmente são encaminhadas para abrigos. Os que estão na faixa etária entre seis e 18 anos, do sexo masculino, que necessitam de abrigo, estão atualmente desamparados em Vacaria. O Ministério Público, através do promotor Luís Augusto Gonçalves Costa, realizou, recentemente, reuniões com a administração municipal para tentar solucionar o problema.
Até o mês de junho, as crianças e adolescentes nesta situação eram acolhidos num abrigo no município de Santo Augusto. Com o fechamento da instituição, os meninos e adolescentes, entre seis e 18 anos, ficaram sem abrigo em Vacaria. "As crianças retornaram, algumas para a convivência com a família, só que não está sendo proveitoso este convívio", explica o Promotor.
De acordo com ele, com o fechamento da casa que fazia o recolhimento dos adolescentes, nunca mais teve um abrigo para este tipo de público em Vacaria. "Estamos em conversação com a Prefeitura, que já se comprometeu a colocar a verba no orçamento do próximo ano", destaca Luís Augusto.
Conforme o Promotor, estão sendo colocadas propostas para que os dois lares de Vacaria, o Divina Providência e o Sama, aumentem sua capacidade e abriguem este tipo de público. "Hoje, se precisarmos abrigar uma criança do sexo masculino, maior de seis e menor de 18, ficamos sem lugar para colocar ela. Já procuramos pelo Estado inteiro e todas as instituições estão lotadas", alerta.
Atualmente o Lar Divina Providência recebe meninas dos zero aos 18 anos, e meninos dos zero aos seis. O Sama recebe crianças do sexo masculino dos seis aos 12 anos, mas não fica com elas nos finais de semana, não funcionando realmente como um abrigo, que deve ser em tempo integral e durante toda a semana. Luís Augusto conta que a Prefeitura já se prontificou a auxiliar na construção de um novo local ou na ampliação dos existentes. (Com informações do Jornal Correio Vacariense)
