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Operação Desarme: GAECO/MPRS e MPM apreendem artefato explosivo desativado pelo BOPE em operação sobre criminosos que obtinham registros de CACs

Operação Desarme: GAECO/MPRS e MPM apreendem artefato explosivo desativado pelo BOPE em operação sobre criminosos que obtinham registros de CACs

ceidelwein

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) e o Ministério Público Militar (MPM), durante a realização da “Operação Desarme”, deflagrada na terça-feira, 17 de dezembro, em 34 cidades gaúchas e em uma catarinense, apreenderam um artefato explosivo. A “munição de combate antitanque” estava em um dos locais onde houve cumprimento de mandado de busca e apreensão, na cidade de Três de Maio. A investigação teve como objetivo coibir uma fraude na concessão e manutenção de registros para Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) no Estado, já que criminosos estavam fazendo falsas declarações de idoneidade para obter as permissões do Exército Brasileiro (EB) e, assim, ter o direito de adquirir armamentos que depois eram repassados para facções para que elas cometessem os mais diversos crimes.

Até o início da tarde desta quarta-feira, 18 de dezembro, já haviam sido apreendidas 91 armas e 2,1 mil munições, além de terem sido realizadas quatro prisões em flagrante. Sobre o artefato explosivo, o promotor de Justiça João Afonso Beltrame, coordenador da operação realizada também em conjunto com o EB, Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), diz que o material estava na casa de um CAC, onde também foram localizadas 12 armas, pólvora e espoletas. Como o local – que foi isolado – é uma área mais afastada, houve o planejamento de explodi-lo por questões de segurança. O período entre a localização e explosão, em uma lavoura, foi entre 9h e 19h30. O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Brigada Militar, a SAMU e os Bombeiros foram acionados. O BOPE conduziu a detonação.

Para o promotor João Afonso Beltrame, “a investigação continua, além da entrega de armas de fogo do Exército, outros materiais foram apreendidos, entre eles, documentos e celulares, no intuito de compor mais provas sobre a fraude até o oferecimento da denúncia à Justiça”. O GAECO identificou nove CACs com fortes indícios de terem ligações com organizações criminosas faccionadas do Estado e ainda outros 32 investigados pelo MPM que estão envolvidos em crimes de fraude perante o EB e em demais irregularidades. Esta é a primeira fase da investigação. Ao todo, foram cumpridos 82 mandados de busca e apreensão, inclusive em quatro casas prisionais.



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