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Audiência debate problemas de moradores atingidos pela duplicação da Avenida Tronco

Audiência debate problemas de moradores atingidos pela duplicação da Avenida Tronco

marco

O Ministério Público promoveu na tarde desta sexta-feira, 23, uma audiência pública para discutir os problemas enfrentados pelos moradores das Vilas Cristal, Cruzeiro e Divisa de Porto Alegre, que estão sendo atingidos pelas obras da duplicação da Avenida Tronco.

Na oportunidade, representantes da Prefeitura da Capital e das associações de moradores da região debateram como está sendo realizado o reaolocamento das famílias, pois as obras - que fazem parte da Matriz de Responsabilidade para Copa de 2014 - estão alterando o traçado da avenida.

Compuseram a mesa da audiência pública as Promotoras de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos Angela Salton Rotunno e Marinês Assmann; o Presidente da Comissão de Diretos Humanos da Procuradoria-Geral do Estado, Carlos César D'Elia; o representante das Associações de Moradores, Leandro Arthur Anton; e do Executivo Municipal, o Diretor-Geral do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), Jorge Dusso.

A Promotora Angela Salton Rotunno coordenou os trabalhos da audiência pública e na sua manifestação inicial disse que o objetivo do encontro era ouvir e dar oportunidade para todos os envolvidos se manifestarem, sempre buscando o consenso.

Na primeira parte do evento - que ocorreu no auditório do MP na Rua Santana - o Arquiteto da Prefeitura e Coordenador do Projeto da Avenida Tronco, Ernani Borges, apresentou o Plano Habitacional da Prefeitura para a região e detalhou como está acontecendo a obra de duplicação da avenida, que tem uma extensão total de 5,6 quilômetros. “Este é um processo longo e demorado, pois esta obra é muito complexa e estamos fazendo este acompanhamento junto às comunidades”, afirmou.

Por sua vez, o representante das Associações de Moradores, Leandro Arthur Anton, relatou que a prioridade da Prefeitura neste momento é referente às obras viárias para a duplicação da Avenida Tronco e as questões habitacionais estão sendo deixadas em segundo plano. Ele disse que foi estabelecido um diálogo entre Executivo Municipal e Associação de Moradores, mas afirmou que as conversas só ocorrem por uma pressão da comunidade. Durante a audiência pública, diversos líderes comunitários informaram que o valor do bônus moradia de até R$ 52.340,00 por família oferecido pela Prefeitura é, atualmente, insuficiente para se comprar um imóvel na região.

Também participaram do evento, a Coordenadora do Gabinete de Articulações Institucionais da Prefeitura, Ana Pellini, servidores da Secopa, Fazenda e Procuradoria-Geral do Município.



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