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Problemas no atendimento a idosos leva a interdição de ILPI em Gravataí

Problemas no atendimento a idosos leva a interdição de ILPI em Gravataí

marco

Uma fiscalização do Ministério Público, da Vigilância Sanitária e do Conselho Municipal do Idoso de Gravataí identificou uma série de irregularidades no atendimento a idosos em uma instituição de longa permanência da cidade, levando à interdição do estabelecimento.

Segundo a promotora de Justiça Débora Regina Menegat, resposnável em Gravataí pelo projeto “ILPIs: Garantia de Direitos em Foco!”, realizado em todo o Estado, a unidade abrigava 26 idosos e possuía um histórico de problemas. O Ministério Público recomendou a adoção de medidas para regularizar a situação. No entanto, os problemas persistiram.

“Nos deparamos com uma situação impactante: havia apenas dois cuidadores, nenhum enfermeiro estava no local. As condições de higiene não eram boas, há relatos de falta de comida para os abrigados que estavam, além disso, mal protegidos do frio”, relata a Promotora de Justiça. Além disso, a Vigilância Sanitária e o Conselho do Idoso do Município identificaram problemas na medicação dada aos idosos. Segundo documentos encontrados na instituição, eram dados remédios sem prescrição médica. “São medicamentos que muitas vezes podem parecer inofensivos, mas se aplicados sem critérios podem causar problemas sérios, como parada cardíaca e crise convulsiva”, explica Débora Menegat.

A ILPI já estava com a interdição administrativa decretada, e aguardava recurso. Com os resultados observados na nova vistoria, foi determinada a suspensão das atividades na semana passada.

A proprietária do estabelecimento tinha prazo até a última sexta-feira, 1º, para encaminhar os idosos para as famílias ou outras instituições, o que não ocorreu. Nesta segunda-feira, 4, a Prefeitura, com acompanhamento do MP e do Conselho do Idoso, providenciou a retirada dos abrigados da ILPI. Os mais debilitados foram levados para avaliação de saúde. Aqueles cuja família não foi localizada ou não os recebeu serão encaminhados para outras instituições e o Ministério Público analisará se são casos de abandono.

Conforme a Promotora de Justiça, a fiscalização das ILPIs é uma rotina no Município, viabilizada por meio de uma rede de cooperação firmada entre MP, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal do Idoso, estabelecida a partir do projeto “Idosos em ILPIs: Garantia de Direitos em Foco!”.



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