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Detentos do maior presídio do Estado serão capacitados para qualificar preparo de alimentos

Detentos do maior presídio do Estado serão capacitados para qualificar preparo de alimentos

npianegonda
Projeto Cozinha Brasil será levado para o Presídio Central no final de agosto

Uma iniciativa que é inédita no país será levada a detentos do Presídio Central de Porto Alegre (PCPA), a maior penitenciária do Rio Grande do Sul, para capacitar presos e funcionários da unidade a fim de qualificar o preparo de alimentos. A ação acontece por meio do projeto Cozinha Brasil, do Sesi, um trabalho que é desenvolvido em todo o Brasil, mas que no Rio Grande do Sul se tornou inédito em uma parceria firmada com a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) para levar a capacitação a detentos.

No final de agosto, 60 pessoas entre apenados e funcionários que trabalham vinculados à cozinha do PCPA participarão do curso oferecido pelo programa. A gerente do projeto na Susepe, Erminda Torres, destaca que a ação visa a qualificação profissional e aprimoramento da alimentação dos apenados. Conforme a coordenadora do programa Sesi Cozinha Brasil, Rosângela Lengler, em quatro dias de aulas, as nutricionistas do Sesi ensinam as melhores práticas para comprar, higienizar e evitar o desperdício de alimentos. Ao final, os detentos recebem certificados de participação. A projeção é que o melhor aproveitamento dos alimentos permita uma redução de 30% nos gastos com comida.

A promotora de Justiça de Controle e Execuções Criminais, Cynthia Jappur, destaca a importância do projeto. “É um instrumento importante de reinserção social, por meio da profissionalização, além de zelar pela saúde dos presos”, diz. Além disso, conforme a Promotora, os apenados se tornam difusores do conhecimento e acabam por repassar as noções aprendidas nas aulas também para suas famílias.

A proposta e alternativas para expansão da Cozinha Brasil nos presídios foram debatidas nesta terça-feira, 10, em um encontro que reuniu Ministério Público, Tribunal de Justiça, os responsáveis pelo projeto e representantes de penitenciárias.

De acordo com Cynthia Jappur, o Ministério Público trabalhará ao lado da Susepe para fortalecer a iniciativa nas penitenciárias e tornar os cursos uma prática regular. A intenção também foi manifestada pela juíza da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, Adriana da Silva Ribeiro.

O Cozinha Brasil já percorreu 12 presídios gaúchos e capacitou mais de 900 pessoas, entre presos, funcionários e moradores de áreas mais vulneráveis, em especial nas imediações dos presídios. Isso porque além de atender aos apenados, o Sesi também realiza o curso para comunidades carentes ou com maiores índices de violência. O trabalho também integra o Programa de Prevenção à Violência, do Governo do Estado. Os cursos são ministrados em uma unidade móvel mantida pelo Sesi, equipada com utensílios de cozinha e com instrumentos que permitem a montagem de uma sala de aula para realização das atividades.



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