Caso Andrei: acusado pelo MPRS será julgado em outubro pelo homicídio e estupro de sobrinho de 12 anos
Foi marcado para o dia 27 de outubro deste ano, às 9h30, o júri de denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) pelo homicídio e estupro do sobrinho de 12 anos no ano de 2016 na zona sul de Porto Alegre. O homicídio tem as qualificadoras de recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação de outro crime, no caso, o abuso sexual. A vítima é Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves.
O julgamento será na 1ª Vara do Júri do Foro Central e a acusação será feita pela promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari. Em 2020, quatro anos após o fato, houve uma reviravolta. A promotora, responsável pela denúncia, concluiu que o menino não havia se suicidado, conforme indicação do inquérito policial, e que, na verdade, ele havia sido vítima do próprio familiar. O réu Jeverson Olmiro Lopes Goulart, policial militar na época crime, executou o menino enquanto ele dormia em casa e manipulou a cena do crime para sugerir suicídio.
A promotora Lúcia Callegari diz que a mãe da vítima, inconformada com a investigação, relatava que o filho estava com comportamento estranho antes de ir dormir. Isso ocorreu logo depois dele ter passado as últimas horas sozinho com o tio. O MPRS ainda ouviu uma testemunha do caso que informou também ter sido vítima de estupro do réu. O abuso ocorreu quando ela tinha 11 anos. A promotora destaca que este júri só foi possível pelo fato da mãe nunca ter desistido de buscar a verdade e porque o MPRS sempre esteve atento à importância deste caso.