Canoas: acusados pelo MPRS são condenados por matar vítima que ainda teve o corpo esquartejado dentro de penitenciária
Dois acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), apenados, foram condenados nesta terça-feira, 25 de março, pelo Tribunal do Júri de Canoas, por matar outro detento que, após o crime, teve o corpo esquartejado. O crime ocorreu em setembro de 2020 dentro da Penitenciária do município.
Um deles recebeu uma pena de 33 anos de prisão e o outro de 24 anos de reclusão. Atuaram pelo MPRS em plenário, os promotores de Justiça Rafael Russomanno Gonçalves, Lívia Menezes Simão e Marcelo Brito da Costa Honorato Santos. Os promotores Lívia e Marcelo, que tomaram posse em fevereiro deste ano, participaram do primeiro júri de suas carreiras.
CONDENAÇÕES
Os dois dos réus foram condenados por homicídio triplamente qualificado de Lucas Iago Rodrigues Fogaça, 25 anos. As qualificadoras foram motivo fútil, devido a desentendimentos anteriores entre eles, meio cruel, no caso, asfixia, e recurso que dificultou a defesa da vítima, já que estavam em maior número. O detento foi morto após socos, chutes, asfixia e golpes de arma branca.
Além deste fato, um dos réus, o que teve a maior pena, também foi condenado por vilipêndio a cadáver. De acordo com o promotor Rafael Russomanno Gonçalves, o criminoso "se autodeclarava serial killer, tendo respondido a 10 processos por homicídio, mas afirmando ter matado mais de 30 pessoas”.
VILIPÊNDIO A CADÁVER: crime que consiste em desrespeitar, humilhar ou ofender o corpo ou as cinzas de uma pessoa morta. Neste caso, o fato da vítima ter sido esquartejada após o assassinato.