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Alegrete: líder de facção e comparsa, acusados pelo MPRS, são condenados a 30 anos de prisão por matar jovem na virada do ano de 2023

Alegrete: líder de facção e comparsa, acusados pelo MPRS, são condenados a 30 anos de prisão por matar jovem na virada do ano de 2023

ceidelwein

O líder de uma facção, apontado como mandante do crime, e seu comparsa, o executor, acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), foram condenados na terça-feira, dia 12 de novembro, pelo Tribunal do Júri de Alegrete, por matar um jovem de 20 anos de idade na virada do ano de 2023. Eles foram sentenciados, cada um, à pena máxima de 30 anos de prisão por homicídio doloso qualificado e com cumprimento inicial no regime fechado. Ambos já encontravam no sistema prisional devido a outros crimes cometidos.

As qualificadoras são motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Conforme a denúncia do MPRS, Vinícius dos Santos Cardoso foi atingido por seis tiros em via pública. O motivo foi desavença envolvendo o tráfico de drogas. A promotora de Justiça Rochelle Jelinek, que atuou em plenário e foi a responsável pela denúncia, diz que o jovem chegou a atuar na venda de entorpecentes em um ponto pertencente ao mandante do crime, mas tinha parado de atuar para o tráfico, começou a namorar uma moça e frequentava a região onde ela morava, que era justamente um território dominado por outro traficante. O líder da facção que ele atuava pensou que o jovem iria vender drogas para o rival e ordenou a execução dele.

A promotora lembra o fato das facções chegarem em Alegrete em 2019 e passaram a dominar o tráfico em vários bairros, também iniciaram uma disputa territorial. “A condenação e prisão de um dos líderes da facção assume especial importância ao mostrar que, não apenas os pequenos traficantes são presos, mas também os líderes, responsáveis por impor o medo e terror aos moradores. Queremos evitar a expansão territorial do crime na cidade e acabar com o império do medo”. O promotor de Justiça Francisco Saldanha Lauenstein, designado para atuar em plenário pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS, destaca que “a sociedade de Alegrete demonstrou que anseia pelo rompimento do ciclo da violência e do terror imposto pelas facções, que tentam impor a lei do silêncio, fazendo comunidades humildes inteiras de refém”.

Os promotores ressaltaram ainda a assinatura, no dia 4 deste mês, de um termo de cooperação entre MPRS, Judiciário e governo do Estado para combate à atuação das facções e redução dos homicídios relacionados às atividades de organizações criminosas. Entre outras medidas, está previsto o isolamento dos líderes destes grupos criminosos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). No local, estão previstos bloqueadores de sinal de celular e vigilância rigorosa para evitar qualquer tipo de comunicação externa.



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