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Enfrentamento à expansão de facções pelo Interior do RS: seis réus denunciados pelo MPRS em Santiago são condenados por assassinato

Enfrentamento à expansão de facções pelo Interior do RS: seis réus denunciados pelo MPRS em Santiago são condenados por assassinato

flaviaskb
Texto atualizado às 14h25

Seis pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Santiago pelo envolvimento na morte de Daniela de Freitas Falcão e na tentativa de assassinato de seu companheiro, Douglas Garcia Monteiro, foram condenadas na madrugada desta sexta-feira, 18 de agosto. O sétimo réu, que respondia apenas por associação criminosa, foi absolvido. A leitura da sentença foi feita pouco depois das 3 horas da madrugada e, por conta do horário, a magistrada informou que publicaria as penas ao longo desta sexta-feira.

Conforme os promotores de Justiça Silvia Inês Miron Jappe e Francisco Saldanha Lauenstein, que atuaram em plenário, a disputa pelo tráfico de drogas na cidade é o pano de fundo destes crimes, o que evidencia a expansão para o Interior das facções de Porto Alegre e da Região Metropolitana. O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri, Marcelo Tubino, esteve em Santiago prestando apoio institucional aos promotores.





Inicialmente, MPRS e defesa teriam 2 horas e 30 minutos cada para se manifestarem, além de réplica e tréplica de 2 horas cada. Devido a um acordo entre as partes, a juíza determinou o tempo de 4 horas para cada, mais 2 horas de réplica e 2 horas de tréplica.

VEJA OS CRIMES E AS PENAS

Marcos André da Fonseca Teles
Condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 33 anos, 2 meses e 11 dias de reclusão + 1 ano e 9 meses de detenção

Rafael Guimarães Garcia
Condenado por homicídio qualificado (motivo torpe); lesão corporal; posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 16 anos, 4 meses e 19 dias de reclusão + 1 ano, 4 meses e 15 dias de detenção

Igor Thomaz Amaral Corrêa
Condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 32 anos, 11 meses e 23 dias de reclusão + 1 ano, 7 meses e 7 dias de reclusão

João Vitor Pereira dos Santos
Condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 22 anos e 22 dias de prisão de reclusão + 1 ano e 15 dias de detenção

Matias Moreira da Cruz
Condenado por homicídio qualificado (motivo torpe); tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe); posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 16 anos, 1 mês e 18 dias de reclusão + 1 ano de detenção

Paulo Roberto Peixoto de Lima
Condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); tentativa de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima); posse de arma de fogo com numeração suprimida; posse de arma de fogo e de munições de uso permitido; e associação criminosa.
PENA: 30 anos, 5 meses e 13 dias de reclusão + 1 ano, 5 meses e 15 dias de detenção

Igor Guedes Freitas
Absolvido

O CRIME

Daniela foi morta a tiros e Douglas baleado no tórax, axila e ombro por volta das 21h30 do dia 30 de abril de 2021, na Rua Carlito Mazoni, Bairro Jardim dos Eucaliptos, em Santiago. O MPRS defendeu em plenário que, obedecendo ordens enviadas por Marcos André de dentro da Cadeia Pública de Porto Alegre, os réus Igor Thomaz, João Vitor, Paulo Roberto e Rafael se deslocaram da Capital para Santiago com o único intuito de matar as vítimas. Naquela noite, o grupo se encontrou com Matias, que entregou as armas utilizadas no ataque. Então, os quatro foram até a residência do casal em uma Spin branca e abriram fogo. Depois, Matias, a mando de Marcos André, ocultou o revólver utilizado no crime, cuja numeração estava suprimida.



Fotos: Marcelo Kervalt | MPRS



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