Líder de facção é condenado a 20 anos e meio de prisão por homicídio ocorrido em 2014
André Vilmar Azevedo de Souza, o líder de uma facção criada a partir dos presídios gaúchos para fazer frente a rivais do tráfico de drogas, e Luis Eduardo Alves da Rosa Oreste, executor da mesma quadrilha, foram condenados a 20 anos e seis meses e 15 anos e seis meses de prisão, respectivamente, pelo Tribunal do Júri de Porto Alegre nesta terça-feira, 22. Eles foram considerados culpados pela morte de Vanderluiz Ribeiro do Amaral, ocorrida em 2014. Os promotores de Justiça Lúcia Callegari e Eugênio Amorim promoveram a acusação contra os dois. Os réus estão presos na Penitenciária Modulada de Charqueadas e não poderão recorrer em liberdade.
O CRIME
Conforme denúncia apresentada pelo MP e recebida em 09 de março de 2015, em 08 de novembro de 2014, pouco antes das 7h, no Beco das Flores, bairro Santa Tereza, nesta Capital, Luís Eduardo Alves da Rosa Oreste (conhecido como Bergamota ou Alemão) e André Vilmar Azevedo de Souza (chamado de Vô ou Negro André), juntamente um adolescente, mataram a tiros Vanderluiz Ribeiro do Amaral.
A vítima chegava ao local após uma festa quando foi alvo dos disparos, em decorrência da disputa estabelecida entre traficantes da Vila Pantanal e a facção comandada por Negro André. O motivo foi torpe, tendo em vista que o crime foi praticado em razão do tráfico de drogas, demonstrando extremo desvalor à vida humana. O delito foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava na rua, desarmada, voltando de uma festa, quando foi atingida de surpresa. Negro André concorreu para a prática do crime ao ordenar e arquitetar a execução da vítima, que foi atingida pelos disparos praticados por Bergamota.
Os réus também são denunciados por corrupção de menores, já que induziram o adolescente que estava com eles a praticar o homicídio em questão.