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Caso Carijo: Júri de Porto Alegre condena dois acusados de homicídio

Caso Carijo: Júri de Porto Alegre condena dois acusados de homicídio

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Acatando a tese do Ministério Público, o júri de Porto Alegre condenou, no dia 23, dois dos acusados de coautoria no homicídio qualificado de Marcus Eugênio Guttler Filho, ocorrido na manhã de 30 de maio de 2015, durante a 30ª edição do Carijo da Canção Gaúcha, no Parque Municipal de Exposições, em Palmeira das Missões. Foram a julgamento os réus Cristóvão Tarlan de Souza Estulano, Patrick Silveira do Amaral e Luana Fiussa Borba.

Para o Ministério Público, os acusados cometeram o crime com emprego de meio cruel, causando na vítima intenso sofrimento, e com emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido, visto que o atacaram em superioridade numérica e supremacia de forças.

O CRIME

Segundo a denúncia, houve um desentendimento entre Cristóvão e outros dois corréus (ainda não julgados) e um amigo da vítima. Em dado instante, o acusado Patrick, com emprego de faca recebida de outro corréu (ainda não julgado), desferiu golpe contra a vítima. Na sequência, Luana teria alcançado outra arma branca a Cristóvão, o qual, juntamente com Patrick e outros corréus, perseguiram a vítima até a guarita da Guarda Municipal, nas proximidades do estacionamento, onde a encurralaram e lhe desferiram outros golpes de faca.

A vítima chegou a ser socorrida por terceiros e encaminhada ao Hospital de Caridade de Palmeira das Missões, onde foi submetida a atendimento médico-hospitalar de urgência, mas não resistiu aos ferimentos sofridos, vindo a óbito pouco tempo depois.

Atuaram no plenário do Júri, pelo Ministério Público, os promotores de Justiça Marcos Eduardo Rauber, da 1ª Promotoria de Justiça de Palmeira das Missões, e Eugênio Paes Amorim, titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal do Tribunal do Júri de Porto Alegre, que postularam a condenação dos réus Cristóvão e Patrick por homicídio duplamente qualificado e a absolvição da acusada Luana por insuficiência de provas de sua contribuição intencional para o crime.

O julgamento do caso foi realizado em Porto Alegre, razão de pedido de desaforamento formulado pela defesa de Luana e acolhido pelo Tribunal de Justiça em razão das circunstâncias e da extraordinária repercussão dos fatos, o que, no entendimento dos desembargadores, poderia comprometer a imparcialidade dos jurados de Palmeira das Missões e de Comarcas da região.

O júri se estendeu até o final da noite e resultou na condenação dos réus Cristóvão e Patrick a 16 e 15 anos de reclusão, respectivamente, em regime inicialmente fechado, e na absolvição de Luana, conforme sustentado pela acusação. Em razão da separação do processo, outros três acusados de envolvimento no crime serão julgados em sessão do Júri de Porto Alegre em 25 de setembro de 2018, às 9h30min.



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