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Promotor de Justiça pede diligências no caso ISL

Promotor de Justiça pede diligências no caso ISL

marco

Após examinar profundamente o inquérito policial, o Ministério Público decidiu pedir novas diligências à Polícia Civil no caso que está conhecido como “ISL”. A requisição foi feita pelo promotor de Justiça Ivan Melgaré, titular da 1ª Vara Criminal do Fórum de Porto Alegre. Após receber o inquérito das mãos da juíza Kátia Elenise Oliveira da Silva para encaminhar um parecer, Melgaré teve 15 dias para se manifestar. Dentro desse prazo legal poderia, ainda, oferecer denúncia contra os indiciados ou pedir o arquivamento do inquérito que apurou crimes de estelionato e formação de quadrilha. As investigações foram realizadas pela equipe de agentes do delegado André Mocciaro, da 2ª Delegacia de Polícia, que indiciou 10 pessoas supostamente envolvidas no desvio de US$ 310 mil enviados ao Grêmio no ano de 2000 pela empresa multinacional.

Em entrevista coletiva à Imprensa concedida na tarde desta terça-feira, Ivan Melgaré explicou que optou por solicitar diligências à Polícia para apurar a "possível participação de outras pessoas não indiciadas". Esclareceu, ainda, que não tinha sido juntado ao inquérito os laudos técnicos do Instituto de Criminalística (IC), que fez a perícia de cheques, recibos e documentos. Melgaré adiantou, também, que requereu a inquirição de um suíço, síndico da massa falida da ISL, de uma outra testemunha e esclarecimentos do Palmeiras sobre a venda de atletas ao Grêmio na época. O inquérito policial será devolvido ao cartório judicial e, num prazo máximo de 20 dias, Melgaré espera que estejam cumpridas as diligências. Salientou, ainda, que os próprios indiciados estão juntando documentos ao inquérito.

Depois de Melgaré frisar que “a ISL é vítima no caso” e que o Ministério Público pretende, na esfera criminal, “esclarecer indícios de envolvimento de mais duas ou três pessoas ligadas aos negócios do Grêmio para buscar responsabilidades”, o Subprocurador-Geral de Justiça Institucional, Mauro Henrique Renner, sublinhou que, "embora a complexidade do crime de estelionato, o inquérito policial foi devidamente apurado e de maneira rápida”, pois os fatos delituosos aconteceram há cinco anos. Renner enfatizou que faltam apenas algumas lacunas para serem esclarecidos os fatos e que o Ministério Público estava fazendo “uma prestação de contas à sociedade, que acompanha atentamente o caso”. (Jorn. Marco Aurélio Nunes).



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