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Caso Eliseu: na abertura dos debates MP reafirma convicção da participação dos réus no crime

Caso Eliseu: na abertura dos debates MP reafirma convicção da participação dos réus no crime

marco

Durante a abertura dos debates entre acusação e defesa no fim da manhã desta sexta-feira, 20, a Promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari reafirmou aos jurados a convicção do Ministério Público em relação à participação direta dos réus Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Júnior Treib Krol na morte do ex-Vice Prefeito e ex-Secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos, ocorrida em fevereiro de 2010 na Capital. O julgamento popular foi retomado às 9h desta sexta-feira, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, após ter sido interrompido na noite de ontem com o encerramento da oitiva de seis testemunhas.

Lúcia Callegari, que atua em plenário juntamente com o Promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim, destacou ao corpo de jurados que “na cena do crime há o DNA do réu Eliseu, que também foi reconhecido como o atirador por testemunhas”. Ela salientou, ainda, que o outro acusado, Fernando Krol, estava no local prestando apoio para que o delito acontecesse. Ao longo de sua fala, a Promotora sustentou a tese de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio que pode resultar em perigo comum, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar impunidade dos crimes denunciados no Processo nº 2090057183-8). O motivo do assassinato, conforme o MP, foi o fato da vítima ter denunciado um esquema de corrupção na Secretaria da Saúde envolvendo a empresa de vigilância Reação.

INTERROGATÓRIOS

Antes, na reabertura dos trabalhos, às 9h, Eliseu Pompeu Gomes e Fernando Júnior Treib Krol foram interrogados e negaram participação no crime. Contrariando depoimentos que comprovaram a presença de ambos no local do fato (na Rua Hoffmann, no bairro Floresta), eles disseram estar em outros locais na noite de 26 de fevereiro de 2010.

Ao ser interrogado pelo Ministério Público, Eliseu Gomes ora fez uso do direito de permanecer em silêncio, ora refutou os argumentos da acusação. “O réu entrou aqui visivelmente armado, contrariado com as nossas perguntas”, destacou Eugênio Paes Amorim. Em relação a Fernando Krol, os Promotores de Justiça ressaltaram que, apesar da sua negativa, cruzamentos de ligações comprovam que ele efetuou telefonemas do local do crime para outros dois réus.



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