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Quinze são presos durante Operação "Costa Doce" desencadeada pelo Ministério Público

Quinze são presos durante Operação "Costa Doce" desencadeada pelo Ministério Público

marco

Quinze pessoas foram presas durante a Operação “Costa Doce”, deflagrada na manhã desta quinta-feira, 8, pelo Ministério Público. Além disso, o primeiro balanço aponta que no cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão foram recolhidos um revólver, três pistolas, três veículos, munição de diversos calibres, papel filme e balança de precisão para embalagem de drogas e um grande número de aparelhos celulares, tablets e notebooks. As cidades alvos da ação foram Tapes, Camaquã, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Jaguarão e Charqueadas. Mais de 100 agentes do MP e policiais militares participaram da ação.

Assista matéria do Canal MP:

Durante coletiva no final da manhã, o Promotor de Justiça da Especializada Criminal de Porto Alegre Ricardo Felix Herbstrith repassou detalhes do trabalho à Imprensa. Ele explicou que a série de crimes (entre eles roubo a banco, tráfico de drogas, furto qualificado, sequestro, cárcere privado, roubo de veículos e corrupção passiva) praticados pelo bando ocorria principalmente em Tapes e Camaquã, se espraiando pela Região Metropolitana de Porto Alegre e por presídios gaúchos. Três celas da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) foram alvo de busca e apreensão e dois criminosos foram novamente presos no local. Um apenado foi preso na Penitenciária Estadual do Jacuí e outro no Presídio de Camaquã. Em Novo Hamburgo, foi detido um dos principais traficantes do Vale dos Sinos.

Com o fechamento da operação, quatro dos envolvidos acabaram presos dentro do sistema penitenciário e 11 na rua: três deles em flagrante delito e oito que tinham prisão preventiva decretada pela Justiça. Dois implicados continuam foragidos.

Questionado sobre o papel exercido pelo Comissário da Polícia Civil Nilson Aneli (preso em janeiro com o traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, morto em Tramandaí no mesmo mês), Ricardo Herbstrith explicou aos jornalistas que não é possível estabelecer uma vinculação direta dele com os crimes praticados. “No entanto, ele era o garante da impunidade sobre os fatos ocorridos especialmente em Tapes, fazendo uso da influência do cargo que exercia”, destacou.

Operação Costa Doce é apresentada em Coletiva de Imprensa:

O Promotor de Justiça ressaltou, ainda, que outros agentes públicos estão sendo investigados pelo uso irregular do Sistema de Consultas Integradas. “De posse de informações privilegiadas, celulares usados no crime eram cadastrados em nome de PMs honestos, que nada tinham a ver com o crime”, frisou. Por fim, Herbstrith revelou que durante as investigações, foram evitados três assaltos a banco que seriam executados pelo grupo, um no Litoral Norte e dois em Tapes.

Também participaram da coletiva o Corregedor-Geral da Brigada Militar, Tenente-Coronel Jefferson de Barros Jacques; e o Comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva Sul, Coronel Elizeu Antônio Vedana. O Corregedor da BM explicou a participação de um soldado na organização criminosa. “Trata-se de um policial com 15 anos de serviço, que tinha engajamento na venda de armas e outras práticas como omissão em relação a crimes praticados”, explicou. Com ele, que foi preso nesta manhã, foi encontrada munição de uso restrito da Brigada Militar.



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