Caxias: júri condena homem a 20 anos de prisão
O Tribunal do Júri da Caxias do Sul condenou, na sexta-feira, 25, José Emerson Macedo Paz, 21 anos, a 20 anos de prisão em regime inicial fechado pela morte de Fabiano dos Santos e pela tentativa de homicídio de Fabrício dos Santos. Os crimes ocorreram no dia 30 de julho de 2014, na Rua Francisco Lino da Silva, no Bairro Santa Fé. O corpo de jurados acatou a tese do MP de homicídio duplamente qualificado (por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima) e tentativa de homicídio qualificado (para assegurar o assassinato de Fabiano). Na acusação, atuou a Promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto.
Na ocasião, José Emerson, um comparsa e sua namorada adolescente foram até o local onde estava Fabiano – que havia sido trancado pela jovem no imóvel havia três dias com um filho de um ano e cinco meses. Ambos moravam na mesma residência, mas a garota queria que ele deixasse a casa. Ela estava com o celular de Fabiano, quando bateu à porta e exigiu que ele saísse do local. Ao atendê-la, argumentou que não podia sair, porque ela mesma o tinha trancado e disse para devolver seu telefone.
Fabiano, ao ver os dois homens, então, pulou a janela, pois era o único meio de acesso ao exterior e nesse momento, José Emerson foi ao seu encontro. O irmão da vítima, Fabrício, tentou impedir, quando foi esfaqueado nas costas. Fabiano foi imobilizado com uma gravata e José Emerson pôde, então, esfaqueá-lo quatro vezes nas costas.
Vizinhos que presenciaram os crimes realizaram buscas e encontraram José Emerson escondido no interior de uma academia e com a arma do crime. Ele foi impedido de fugir até a chegada da Brigada Militar, que o prendeu em flagrante. O comparsa e a adolescente foram presos em momento posterior, no mês de outubro de 2014, com prisão preventiva e representação pela internação pelos atos infracionais, já que não tinham sido imediatamente identificados.
O amigo de José Emerson está preso e pronunciado para júri como coautor dos mesmos crimes. A jovem já foi condenada como coautora dos mesmos atos infracionais e segue internada para cumprimento de medida socioeducativa de três anos no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case).
