Assaltante envolvido em morte de Secretário é condenado a 49 anos de prisão por tentativas de homicídio
Eliseu Pompeu Gomes foi condenado a um total de 49 anos de prisão em regime fechado, bem como ao pagamento de 120 dias-multa (fixado no mínimo legal), pelas tentativas de homicídio contra os Policiais Militares Ulisses de Mattos Quos e Cláudio Alex Selau Duarte e pelos três roubos dos quais era acusado. O júri ocorreu nesta terça-feira, 23, entre 9h e 18h30, na 1ª Vara Criminal de São Leopoldo. Os jurados acolheram a tese de acusação do MP de que o réu tentou matar os dois PMs para assegurar a vantagem e a impunidade dos roubos que haviam recém sido realizados, de forma que resultou perigo comum. A acusação esteve a cargo do Promotor de Justiça Sérgio Luiz Rodrigues.
Foi reconhecida a ocorrência de três crimes de roubo distintos, tendo por vítimas o estabelecimento comercial atacado e dois clientes que estavam no local. Os roubos foram majorados pelo emprego de arma e concurso de agentes, tendo incidido, com referência a dois deles, ainda, majorante atinente à restrição da liberdade das vítimas, pois que duas delas foram feitas reféns à saída do estabelecimento atacado, usada de escudo pelos agentes.
O CRIME
Na tarde de 9 de março do ano passado, Eliseu Pompeu Gomes, Éderson Rutkoski de Oliveira (já falecido) e Maicon de Oliveira (cujo processo foi cindido e o recurso da defesa segue em análise pelo Tribunal de Justiça) arquitetaram o assalto ao estabelecimento comercial Galeto e Cia, no centro de São Leopoldo. Eliseu e Éderson entraram no local, armados, renderam clientes e funcionários e anunciaram o assalto. Como conheciam a rotina e o modo de operação do estabelecimento, porque Maicon havia trabalhado anteriormente no local, sabiam onde o dinheiro era armazenado. A dupla roubou R$ 35 em cheque, mais de R$ 2,8 mil em espécie, e R$ 160 de clientes.
A Brigada Militar foi acionada por vizinhos e os dois PMs foram até o local. Ao perceberem a presença dos policiais, Eliseu e Éderson fizeram duas pessoas reféns, as utilizaram como escudo até a viatura e as liberaram em seguida. A dupla trocou tiros com os policiais e ingressou no veículo da BM, mas não chegou a dar a partida. Éderson foi atingido e morreu dentro do automóvel. Já Eliseu, que seguiu atirando contra os PMs, foi baleado ao tentar sair do carro e, então, preso em flagrante. Reféns e policiais não foram feridos.
