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Palmeira das Missões: autor da morte de Kimberly Rückert é condenado a mais de 29 anos de prisão

Palmeira das Missões: autor da morte de Kimberly Rückert é condenado a mais de 29 anos de prisão

marco

Ao acatar parcialmente denúncia do Ministério Público, a 1ª Vara da Comarca de Palmeira das Missões condenou a 29 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, Silmar do Amaral Figueiró, 30. Ele foi considerado culpado pelos crimes de latrocínio, destruição de cadáver, receptação e posse ilegal de arma de fogo, que culminaram na morte de Kimberly Ruana Rückert, à época com 22 anos. O julgamento foi publicado nesta terça-feira, 2. A denúncia foi oferecida pelo Promotor de Justiça Marcos Eduardo Rauber.

O crime ocorreu entre o final da tarde do dia 11 e o início da manhã do dia 12 de abril de 2014. Conforme as investigações, o biscateiro Silmar Figueiró foi visto nos dois dias anteriores ao crime estacionado de moto próximo à casa da vítima. No dia do desaparecimento, imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais mostraram-no seguindo o carro da mulher desde o trabalho até sua residência. Após ameaçá-la, ingressou no automóvel, forçando-a a dirigir até um matagal no interior de Palmeira das Missões, próximo à BR-158.

No local, ermo e sem iluminação, Silmar mandou que a estudante de enfermagem parasse o carro em posição que dificultasse sua fuga. Ele a estuprou e a matou com um tiro (o réu admitiu ter comprado a arma de um conhecido), roubou seus pertences – um celular, carteira, dinheiro e pendrives – e ateou fogo no automóvel. Em depoimento à Polícia, Silmar confirmou sua presença no local e no momento da morte da vítima, bem como que manteve relações sexuais com ela na oportunidade, além de admitir a posse de objetos que a pertenciam, encontrados na casa dele em cumprimento a mandado de busca e apreensão.

Em uma primeira versão, o homem disse que, após ter mantido relação sexual consentida com a vítima, ela teve um mal súbito e morreu. Silmar afirmou que, apesar disso, dormiu ao lado do corpo e, ao acordar, constatando o óbito, resolveu atear fogo no automóvel e no cadáver e sair do local, temendo ser responsabilizado pela morte, mas levando objetos dela. Depois da troca de Advogado, mudou a versão e alegou que homens encapuzados chegaram ao local e mataram a mulher e que ele conseguiu escapar ileso. Além disso, o réu afirmou ter relacionamento anterior com a vítima, o que é refutado por todas as testemunhas do caso.

A imputação de estupro não foi acolhida, e o Ministério Público analisa a viabilidade de recurso. O Magistrado entendeu que não havia provas materiais desse crime (por conta da destruição completa dos vestígios e do corpo da vítima, em razão do incêndio causado pelo réu).

Apesar disso, o Promotor de Justiça Marcos Rauber considera que o resultado obtido até o momento é significativo, em virtude da complexidade dos fatos e das dificuldades enfrentadas durante as investigações policiais. Para ele, "a sentença representa uma coroação ao árduo trabalho da Polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário, mas, sobretudo, um alento e uma resposta à sociedade, aos amigos e à enlutada família de Kimberly".

Atuou no processo também, apresentando os memoriais do Ministério Público, com análise de toda a prova coletada na instrução criminal, o Promotor de Justiça substituto Guilherme Martins de Martins.



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