Condenado a 18 anos de prisão homem que matou namorada por ciúmes
Em sessão do Tribunal do Júri de Caxias do Sul ocorrida nesta quinta-feira, 11, o réu Leoclides Guedes de Oliveira, 59, foi condenado a 18 anos de prisão pela morte da namorada, Geni Vanassi Gadini, 55, por asfixia. O cumprimento da pena deverá ser, inicialmente, em regime fechado. O Júri o reconheceu como culpado, bem como a qualificadora da asfixia e a agravante da violência de gênero (contra a mulher). A acusação esteve a cargo da Promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto e o Defensor Público Cláudio Luiz Covatti atuou na defesa do réu. O homem já respondia ao processo em prisão preventiva.
O CRIME
Geni Vanassi Gadini era portadora de esquizofrenia e, por isso, mesmo separada e morando sozinha, a filha, Diana, e o ex-marido, Luiz José Gadini, costumavam com frequência visitá-la. A vítima namorada o réu havia um ano, mas a família, especialmente a filha, não aceitava o namoro, já que Leoclides mentia sobre o próprio nome (havia se apresentado como Francisco) e era foragido da Justiça de Santa Catarina. Em 2006, o homem matou sua então companheira a pedradas.
O dia 7 de março de 2013 foi o último em que a vítima foi vista viva. Dois dias depois, o ex-marido foi até a casa de Geni, já que ocorreria o casamento de um dos seus filhos. Os dois conduziriam o rapaz ao altar, mas o réu não era convidado e não queria que Geni fosse, pois tinha ciúmes do ex-marido. Ao entrar na residência, Luiz encontrou a mulher morta sobre a cama, coberta, estrangulada com uma corda de varal e amarrada na cama.
No plenário do Júri, pela primeira vez, o réu admitiu ser o autor do crime. Laudos periciais comprovaram a compatibilidade entre o material genético de Leoclides e o encontrado em lesões na vítima.
