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Caxias do Sul: empresário é condenado por homicídio de adolescente

Caxias do Sul: empresário é condenado por homicídio de adolescente

marco

O empresário Wagner Marcarini, 34 anos, foi condenado a 23 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e dissimulação) da ex-namorada de 17 anos, Jéssica de Oliveira. O julgamento aconteceu nesta terça-feira, 21, no Fórum de Caxias do Sul. A acusação foi promovida pela Promotora de Justiça Sílvia Regina Becker Pinto. A sessão plenária foi presidida pela Juíza de Direito Milene Fróes Rodrigues Dal Bó.

O crime ocorreu em 9 de agosto de 2011. Nessa data, o réu, que à época convivia em regime de união estável com outra mulher, inconformado com o término do relacionamento que manteve com a vítima por três anos, a matou por asfixia. Primeiro, Marcarini bateu em Jéssica e, na sequência, se utilizou de um golpe de finalização de jiu-jitsu (triângulo de mão), o que levou a jovem ao desfalecimento. Em seguida, rodou com ela desmaiada dentro do veículo por vários quilômetros quando terminou de matá-la, por asfixia, com um fio de luz.

Na ocasião do assassinato, após ter ficado na espreita por mais de hora, próximo à residência da vítima, perto do horário em que ela saía par ir à escola, Wagner ofereceu carona à Jéssica, mas parou o carro em uma rua próxima a casa da vítima onde a golpeou inicialmente. Depois de estrangulá-la bem longe dali, em lugar ermo, se desfez do cadáver.

Para inviabilizar o imediato reconhecimento da vítima, o réu retirou o uniforme escolar que a jovem usava, bem como seus livros e material de aula, além dos tênis e demais pertences, levando consigo para casa, deixando-a somente de blusa e roupas íntimas. À noite, separou o material em sacolas plásticas e o descartou em diversos containers de lixo seletivo pela cidade em diferentes bairros. O réu também se desfez do anel que havia dado para Jéssica em seus 15 anos, jogando-o pelo pela janela de seu veículo logo após tê-la matado.

Segundo a 4ª Promotora de Justiça Criminal de Caxias, Sílvia Regina Becker Pinto, “a mesma frieza detectada pela Delegada de Polícia que tomou a confissão do réu e, adiante, sinalizada pelo IPF, em sede de exame de insanidade mental, eu senti ontem. Por isso, foi um júri bem difícil de realizar, porque também sou mãe e me coloquei no lugar dos pais daquela jovem que sofrem intensamente pelo duro golpe da pena de morte que Wagner Marcarini impôs, gratuitamente, contra a filha deles”.



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