Esposa e amante que planejaram a morte do marido são condenados

Nesta terça-feira, 5, foram submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri de Camaquã os réus Ângela Lautenschlager e João Deoclides Cordeiro. Ambos são acusados da morte de Reinoldo Lautenschlager, ocorrido na madrugada de 26 de maio de 2002, no Bairro Ouro Verde, naquela cidade. A mulher foi condenada a mais de sete anos de reclusão e seu companheiro a seis anos e seis meses. O Ministério Público ingressará com recurso de apelação para ampliar as penas aplicadas.

De acordo com as investigações, os réus estavam tendo um relacionamento extraconjugal, do qual a vítima suspeitava, e por isso planejaram o crime. Para tanto, valeram-se de um irmão de Ângela e de um colega de trabalho dele, que atingiram Reinoldo com quatro tiros na cabeça.

Os executores do crime foram presos nos dias subsequentes e condenados pelo Tribunal de Júri em 2003. Contudo, em virtude de recursos, instauração de incidente de sanidade mental e renúncia de Defensores, o caso acabou se arrastando por mais de 12 anos.

“Ainda assim, apesar do tempo decorrido e do prejuízo que isto representa para as provas e o julgamento do processo, bem como da negativa de autoria dos réus, a Promotoria de Justiça conseguiu demonstrar a conexão dos acusados com o crime, por meio de testemunhas, meios técnicos e das várias ligações telefônicas trocadas entre os envolvidos na época do assassinato”, afirmou o Promotor de Justiça Michael Schneider Flach.