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Caxias do Sul: condenado réu que matou a chutes e pontapés

Caxias do Sul: condenado réu que matou a chutes e pontapés

marco

O Tribunal do Júri de Caxias do Sul condenou, nesta segunda-feira, 12, Cledson Correa dos Santos a uma pena de 18 anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado.

Em 7 de novembro de 2012, junto com Jeferson da Silva e dois outros menores (ainda não julgados), ele matou Guilherme Martins dos Santos, o “Pelezinho”. O crime ocorreu entre a meia-noite e 3h da madrugada, na Rua Vanderlei Padilha Pescador, no Bairro Diamantino.

O mote do crime teria sido o fato de que a vítima, usuária e dependente de crack, teria comprado uma motocicleta (teoricamente furtada) e, antes de terminar de pagá-la, revendido para o coautor Jeferson, que passou a perseguir e ameaçar o ofendido em razão da dívida. Além disso, Jefferson teria ciúmes da vítima que, segundo constava, teve um envolvimento amoroso com a sua atual companheira, o que também constituía uma motivação torpe.

Conforme a Promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto, o assassinato foi praticado por meio cruel, ou seja, por tortura, uma vez que o réu e seus comparsas, além de agredirem o ofendido a socos, chutes e pontapés, em especial, na cabeça, teriam batido nela com um pau. Além disso, arrastaram e jogaram a vítima, por várias vezes, de cima de uma laje, o que fez com que sua pele do rosto fosse removida, deixando-o desfigurado.

O delito foi praticado com emprego de recurso que dificultou a defesa do ofendido, haja vista que levado a cabo contra pessoa drogada, em manifesta superioridade numérica, sendo, ainda, amarrada pelos pés e pelas mãos, em meio à prática criminosa, reduzida, assim, de possibilidade de reação.

A tese defensiva foi a de negativa de autoria. No entanto, o Júri acolheu a tese da Acusação no sentido de que o crime foi cometido por motivo torpe, por meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, nos termos da denúncia e da pronúncia.

A sessão plenária foi presidida pela Juíza Milene Fróes Rodrigues Dal Bó. A Promotora de Justiça Silvia Regina Becker Pinto atuou na acusação e, na defesa, o Defensor Público Cláudio Covatti.



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