Condenado policial civil que matou jovem no bairro Floresta
A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital condenou o policial civil Manoel Edelvem dos Santos a 14 anos de prisão por homicídio qualificado. Em novembro de 2002, ele atirou e matou Frederico Michel Meirelles de Mattos, de 25 anos, durante abordagem realizada nas proximidades do prédio de número 245 na Avenida Cristovão Colombo, no bairro Floresta.
Pelo Ministério Público, atuaram no julgamento, que iniciou nesta quinta-feira, 21, e encerrou na madrugada de hoje, as Promotoras de Justiça Andréa de Almeida Machado e Dirce Carvalho Soler.
Também foi condenado durante o julgamento, por fraude processual, o policial Marco Antônio Magalhães. Já o outro acusado por este crime, Vitor André Mombelli, não compareceu ao Tribunal. De acordo com atestado apresentado pela defesa, ele passou mal e foi hospitalizado na véspera do julgamento.
Segundo a Promotora Andréa Machado, apesar do crime de fraude processual estar prescrito, a condenação de Marco Antônio Magalhães, que tentou manipular a investigação acusando a vítima de ser assaltante, também foi muito importante. “Acredito que é uma forma de restabelecer a verdade e compensar a família deste jovem, que além de sofrer uma grande perda, foi vítima de calúnia”, disse.
Na opinião da Promotora o assassinato de Frederico Michel Meirelles de Mattos e a forma como o inquérito foi conduzido abalou a confiança da sociedade na Polícia. “O homicídio foi praticado justamente por quem tinha o dever jurídico de garantir a vida dos que vivem em sociedade”, concluiu.
O outro policial que participou da abordagem irregular, Rodrigo Rizzato Mussoi, foi absolvido a pedido do MP, pois ficou comprovado que ele não efetuou nenhum disparo.
