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Operação Chupim resulta na prisão preventiva de ex-Diretor de Trânsito de Teutônia

Operação Chupim resulta na prisão preventiva de ex-Diretor de Trânsito de Teutônia

marco

O ex-Diretor de Trânsito de Teutônia no período entre 2011 e 2013 foi preso na manhã desta quinta-feira, 23, após prestar depoimento no Ministério Público local. De acordo com o Promotor de Justiça Jair João Franz, investigações iniciadas após o recebimento de informações da Vara de Execuções Criminais comprovaram que ele recebia propina de apenados encaminhados para prestar serviços comunitários na Prefeitura. O mandado de prisão contra o ex-Diretor foi expedido pela 1ª Vara Judicial do Município.

Conforme o MP, o ex-Diretor de Trânsito, exonerado do cargo após o início das investigações do MP, era o responsável pela fiscalização dos serviços prestados pelos presidiários e pelo encaminhamento de relatórios ao Judiciário. Durante os trabalhos da “Operação Chupim” (em alusão ao pássaro conhecido por colocar seus ovos no ninho de outras aves e por isso é conhecido como aproveitador), com a utilização de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, foram descobertos vários casos de falsificação dos relatórios em troca de dinheiro. “Apenados pagavam ao diretor de trânsito determinada quantia e ele preenchia os relatórios de serviços comunitários, falsificando documento público”, explica Jair João Franz.

Em uma das conversas do investigado com um apenado ficou clara a fraude. No caso específico, o servidor, quando ainda era Diretor de Trânsito, cobrou R$ 150 mensais de um presidiário para fraudar os relatórios, argumentando que o valor cobrado era exigência de um funcionário do Fórum. De acordo com o Promotor, provada a fraude, o próximo passo é levantar o nome dos apenados que participaram do esquema criminoso.

“O investigado foi preso preventivamente para garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, pois estava interferindo nas investigações, entrando em contato com apenados e testemunhas. Além disso, tentou distorcer os fatos na imprensa, dizendo que estaria sendo vítima de racismo”, esclarece Jair João Franz.

Segundo ele, os fatos investigados são gravíssimos, trazendo sensação de impunidade. “Dezenas de apenados podem ter participado da fraude, beneficiando-se inclusive com a declaração de extinção da pena e o arquivamento dos processos sem cumprimento da pena”, ressalta Franz.

Além da improbidade administrativa, os crimes imputados ao preso são de concussão, corrupção e falsificação de documento público.



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