Condenado a 23 anos de prisão responsável pelo maior cárcere privado da história gaúcha
Em sessão do Tribunal do Júri de Canoas ocorrida nesta segunda-feira, 22, foi condenado a 23 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime fechado o ex-Vigilante Rodrigo Luciano Luz, responsável pelo maior cárcere privado da história recente do Rio Grande do Sul. A Promotora de Justiça Giselle Tanara Soares representou o MP em plenário e não irá recorrer da sentença. Ele foi condenado pelos crimes de cárcere privado, porte de arma de fogo, grave ameaça de morte, tentativa de homicídio qualificado, agressões físicas e estupro continuado. Rodrigo Luciano Luz seguirá preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
O réu foi absolvido da acusação de adquirir e adulterar chassi de carro roubado, utilizado na noite do crime. A sessão, que encerrou no final da noite, foi presidida pela Juíza Lourdes Helena Pacheco da Silva.
O CASO
Inconformado com o fim do relacionamento, Rodrigo Luciano Luz, armado com um revólver calibre 38, manteve sua ex-companheira refém por 69 horas dentro da residência dela, localizada no Bairro Guajuviras, entre os dias 12 e 15 de fevereiro de 2010. Os dois filhos do casal ficaram retidos na casa por oito horas. Antes de se entregar à Polícia, o homem abusou sexualmente de sua ex-companheira por 18 vezes, segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público.
Depois de denunciado, o ex-Vigilante foi submetido à avaliação psiquiátrica no Instituto Psiquiátrico Forense. Como o laudo atestou que ele tem plenas capacidades mentais para responder pelas acusações, a defesa entrou com impugnação do resultado. Em nova avaliação, o IPF manteve as conclusões do laudo.
