MP atuou como parceiro da Polícia Federal na Operação Grumatã
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira, 28, a Operação Grumatã. Foram realizadas prisões no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.
As investigações de uma rede de narcotraficantes iniciaram em Aral Moreira (MS), na fronteira com o Paraguai, onde existia a distribuição de cocaína para o restante do país, incluíndo o Rio Grande do Sul.
As apurações revelaram que a organização era comandada por um gaúcho identificado pelas iniciais E.D.S, também conhecido como "Pingo", que cumpre prisão na Penitenciária Agrícola de Piraquara, no Paraná.
Entre janeiro e agosto deste ano, foram realizados cinco flagrantes no âmbito da Operação Grumatã, que resultaram na prisão de nove pessoas, apreensão de 108 quilos de cocaína, armas, veículos e mais de R$ 110 mil em dinheiro. Uma destas prisões ocorreu em Santo Antônio da Patrulha. O envolvido servia de intermediário entre os líderes da rede e os demais distribuidores de droga no Vale do Sinos.
O Ministério Público colaborou com a investigação da Polícia Federal e ratificou, judicialmente, os pedidos de prisões, sequestros dos bens imóveis e móveis e quebra de sigilo bancário feitos pela Polícia Federal.
Ao participar de balanço da operação perante a imprensa, na tarde desta quarta-feira, na Superintendência da Polícia Federal, ao lado do Superintendente, Delegado Rosalvo Ferreira Franco e do Delegado Aldronei Rodrigues, o Promotor de Justiça elogiou o trabalho realizado. Conforme Reginaldo Freitas da Silva, o trabalho de inteligência da PF evidenciou “a materialidade do crime”. Em Santo Antônio da Patrulha foram apreendidos 16 quilos de cocaína e R$ 113 mil. “Foi um duro golpe no tráfico”, enfatizou o Promotor de Justiça. Ele também informou que, no decorrer do processo, pretende remeter ofício ao MP do Paraná para tomar providências em relação ao fato de “Pingo” comandar o tráfico mesmo estando já cumprindo pena em estabelecimento prisional.
A Operação Grumatã, cujo nome é em referência a um peixe difícil de ser fisgado, resultou no sequestro de três fazendas em Aral Moreira (MS) e uma em Santo Antônio da Patrulha, gado, veículos e imóveis com valor total estimado em R$ 20 milhões.