Mais de quatro mil caça-níqueis foram apreendidas neste ano
O número de máquinas caça-níqueis apreendidas pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos do Ministério Público já é duas vezes maior que as apreensões realizadas em todo ano de 2009. De janeiro até esta quarta-feira, 15 de setembro, foram recolhidos 4019 desses equipamentos em casas de jogos clandestinas. Isso representa uma média de 500 máquinas por mês. Em todo ano passado foram 2004 caça-níqueis.
O aumento de apreensões, na avaliação do coordenador da Força-Tarefa decorre de algumas mudanças implementadas para aprimorar a atuação. José Francisco Seabra Mendes Júnior explica que “a equipe da Força-Tarefa começou a participar do cumprimento de todos os mandados e ampliar as formas de recebimento e acesso a denúncias”. Além disso, houve uma aproximação com grupos de apoio a jogadores compulsivos, que passaram a divulgar o disque-denúncia.
Entre janeiro e setembro foram visitados 307 estabelecimentos que ofereciam os jogos ilícitos, e o valor apreendido nas máquinas neste ano ultrapassou os R$ 320 mil.
De acordo com Seabra, ainda existe uma aceitação, por parte da sociedade, sobre esses jogos, o que colabora para a continuidade da prática. “Mas as pessoas precisam compreender que o jogo não é uma atividade isolada. Ele é uma das fachadas do crime organizado”, alerta o Promotor, relatando que o dinheiro arrecadado dos jogadores é utilizado para financiar uma série de outras práticas ilegais.
A atuação da Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilícitos compreende desde o levantamento de informações sobre os locais onde há denúncia de que existe a prática, passa pelo pedido e cumprimento dos mandados judiciais de busca e apreensão, até o encaminhamento da denúncia e acompanhamento das audiências. Isso sem contar o trabalho de logística para recolhimento e transporte das máquinas para depósitos.
Os materiais e os recursos apreendidos, além de o valor obtido na transação penal dos contraventores, são destinados ao “Projeto Alquimia – Transformando caça-níqueis em inclusão social”. Somente neste ano, aproximadamente R$ 225 mil foram repassados a entidades assistenciais. A madeira das carcaças das máquinas são transformadas, durante oficinas de marcenaria realizadas nas instituições, em peças de mobiliário e decoração.
