Homem condenado na Vara do Júri
Júnior César Boita, 29 anos, foi condenado a 18 anos de reclusão em julgamento ocorrido nesta quinta-feira, 16, na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Porto Alegre. Ele estava denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado ao planejar e executar a morte do mecânico Anísio Nunes de Castilhos, 45. O crime ocorreu na madrugada de 2 de janeiro de 2007, no bairro Jardim Itú Sabará, na Capital, e contou com a ajuda da esposa do mecânico que recém havia chegado de uma viagem aos Estados Unidos, onde trabalhou e guardou dinheiro para realizar um sonho: abrir sua própria oficina.
O processo está cindido e a mulher do mecânico, Maria Aparecida Dambrós de Castilhos, 44 anos, encontra-se recolhida no Presídio Madre Pelletier, devendo ser levada em breve à júri popular. Flávio Ferreira Martins, 22, que prestou apoio moral para Júnior, que era amante de Maria, está foragido. A sessão aconteceu durante a manhã desta quinta-feira. A promotora de Justiça Josiene Menezes representou o Ministério Público no plenário sustentando a denúncia. O crime foi praticado por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima – dissimulação.
O mecânico foi alvejado com tiros de revólver. A esposa conduzia o carro pela rua Ary Tarragô e acompanhada do marido. Em determinado momento parou o veículo alegando estar sentindo-se mal. Quando Anísio preparava-se para assumir o volante foi surpreendido por Júnior e Flávio, que estavam acompanhados de mais três comparsas, que não foram identificados. Eles se encontravam de tocaia esperando pelo casal. De acordo com o Ministério Público, o assassinato foi cometido com a intenção de auferir vantagem econômica. O casal de amantes pretendia apoderar-se do patrimônio que a vítima havia construído no país, bem como dos valores que trazia dos Estados Unidos, de onde retornava após longo período de trabalho.
