Painéis temáticos debatem crimes
Na manhã do último dia do Encontro de Capacitação Criminal do Ministério Público, que ocorreu no Hotel Serrano, em Gramado, aconteceram painéis temáticos simultâneos com debates sobre crimes eletrônicos, júri, drogas e o papel do Ministério Público na investigação criminal.
À tarde, Paulo José Kessler, coordenador do Núcleo de Pesquisa e Informação do Ministério Público do Paraná, deu notícia aos Promotores de Justiça gaúchos sobre a implantação de uma unidade de gestão da informação no Ministério Público paranaense e colocou suas expectativas para o futuro.
Kessler entende que o Ministério Público vive um cenário de relativa independência institucional e busca, através da pesquisa e do domínio da gestão da informação, ampliar sua autonomia no processo de produção do conhecimento para assumir de vez o perfil e a identidade constitucional. Ele disse que não basta o Ministério Público ter autonomia e independência em seus procedimentos “se a qualidade da informação é relativa e depende de fontes externas”.
Wilton Queiroz de Lima, coordenador do Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação do MP/DFT, ressaltou a importância de um planejamento nas atividades, uma visão panorâmica de todo o processo e o conhecimento das tecnologias necessárias para enfrentar o crime. Também defendeu a tese de que o Promotor de Justiça deve ser o agente da investigação, “conduzindo-a desde o início”.
Ao falar sobre “sistemas de inteligência na investigação”, o promotor de Justiça Daniel Rubin anunciou aos colegas Promotores que há um trabalho em andamento para a criação de um núcleo de inteligência no Ministério Público do Rio Grande do Sul. Ele frisou que a atuação do grupo se insere no contexto institucional de disponibilizar aos membros do Ministério Público gaúcho “instrumentos efetivos de combate ao crime organizado”.