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Lançada na Expointer a Cartilha com Orientações e Boas Práticas para a Realização de Rodeios Crioulos

Lançada na Expointer a Cartilha com Orientações e Boas Práticas para a Realização de Rodeios Crioulos

marco

Foi lançada nesta sexta-feira, 2, no Gabinete da Secretaria Estadual de Agricultra e Pecuária, na 39º Expointer, em Esteio, a Cartilha com Orientações e Boas Práticas para a Realização de Rodeios Crioulos. O documento estabelece diretrizes para a realização das provas campeiras e para a organização e estrutura dos rodeios, além de contar um pouco da história do surgimento dos rodeios crioulos e o que os diferencia de um rodeio country.

A cartilha foi organizada pelo Promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Alexandre Saltz, e teve origem em Vacaria, em acordos assinados pelo MP e pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho para parceria na fiscalização dos rodeios. Os rodeios crioulos fazem parte do patrimônio cultural do Estado, porém devem ser seguidas as normas legais para que haja compatibilização com os demais direitos constitucionalmente estabelecidos, como o direito dos animais. “Nós estamos em um processo de mudança de visão da atuação do Ministério Público, temos pregado que temos que focar na solução. Estamos trabalhando para construir, ouvir todo mundo, buscar alguns consensos, estabelecer regras claras, o que dá tranquilidade pra todo mundo. Essa cartilha é resultado de uma construção coletiva”, declarou o Procurador-Geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles.

Durante o lançamento Alexandre Saltz destacou que, na medida em que os rodeios foram reconhecidos como patrimônio cultural do Estado, foi preciso achar mecanismos para legitimar a realização desses eventos, que são culturais e importantes para a manutenção das tradições gaúchas. Afirmou, ainda, que “a melhor forma era identificar onde estava o problema nos rodeios. Se o problema estava na crueldade, nos maus-tratos que pudessem ser infringidos aos animais, seria preciso detalhar e entender, para evitar que isso aconteça e a tradição se mantenha”.

O documento estabelece várias exigências para os eventos, como cancha das competições e bretes cercados com material resistente, sem elementos cortantes ou perfurantes, com piso de areia ou grama. Além disso, infraestrutura completa para atendimento médico, presença de médico veterinário habilitado, responsável pela garantia da boa condição física e sanitária dos animais e pelo cumprimento das normas disciplinadoras, impedindo maus-tratos. Também é proibido o uso de esporas com rosetas pontiagudas, nazarenas ou qualquer outro instrumento que cause ferimento nos animais, incluindo aparelhos que provoquem choques elétricos.

“Nós estamos inovando com o lançamento dessa cartilha, porque essa questão cultural da nossa tradição é um fator relevante que precisamos preservar; se não tivermos cuidado isso vai se perdendo e se fragilizando”, afirmou Ernani Polo, Secretário Estadual da Agricultura e Pecuária.

Também participaram do lançamento da cartilha Ismal Horbach, representando a Famurs, Nairioli Antunes Callegaro, Presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho, José Arthur Martins, Vice-Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS (CRMV), Mateus Lange, Coordenador de fiscalização e orientação profissional do CRMV e Cleber Quadros Vieira, Presidente da Federação Gaúcha de Laço.

A cartilha completa pode ser acessada no link abaixo.



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