MP promove debate sobre zoneamento ambiental para atividade de mineração de areia no Lago Guaíba
A Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre promoveu, na quinta-feira, 21, mesa científica com o objetivo de debater proposta de zoneamento ambiental para a atividade de mineração de areia no Lago Guaíba. O evento, ocorrido no auditório do Palácio do Ministério Público, foi presidido pela Promotora Annelise Steigleder.
Na abertura dos debates, a Promotora ressaltou a necessidade de uma demanda de gestão e planejamento integrados para fins de sustentabilidade do Lago Guaíba que, de acordo com ela, contempla diversos usos. O Procurador da República Júlio Carlos de Castro Júnior, que atua na ação de mineração do Lago Guaíba, disse que pretende, com a discussão, colher subsídio para a atuação do MPF na questão.
Os presentes tiveram a oportunidade de assistir apresentações dos seguintes técnicos: Elírio Toldo Júnior, do Laboratório do Centro de Estudo e Geologia Costeira do Instituto de Geociências da UFRGS; André Luis Lopes da Silveira, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS; Nelson Gruber, do Instituto Geociências; Teresinha Guerra, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências da UFRGS; Luiz Fernando Perelló, do Instituto do Meio Ambiente da PUCRS; Karin Tallini, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul; e Fernando Meirelles, do Departamento de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e membro da equipe que finalizou o documento.
No encerramento, a Promotora Annelise Steigleder lembrou que o documento não está pronto. “O evento colocou o posicionamento das instituições, possibilitando uma aproximação junto ao Estado, podendo-se firmar parcerias, por meio de convênios, para que o documento final possa ser o melhor para o momento”, disse.
Participaram dos debates os Promotores de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre Ana Maria Moreira Marchesan, Josiane Superti Brasil Camejo e Alexandre Saltz; a Secretária Adjunta do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Maria Patrícia Möllmann; a representante do Movimento Viva Guaíba, Luciane Schut; e profissionais, técnicos e pesquisadores de diversas instituições e entidades, como Dmae, Corsan, Smam, Sema, Reserva Biológica do Lami, Fepam, Badesul, Comitê Lago Guaíba, Fundação Zoobotânica, Marinha do Brasil, dentre outros.