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Instituição participa de discussões sobre concessão envolvendo Zoológico de Sapucaia do Sul

Instituição participa de discussões sobre concessão envolvendo Zoológico de Sapucaia do Sul

marco

Durante audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa na noite desta quarta-feira, 9, o Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente demonstrou preocupação com a falta de posição oficial quanto ao projeto de concessão à iniciativa privada do Zoológico de Sapucaia do Sul. Daniel Martini falou que “a posição do MP nesse momento é de cautela e vigilância; o MP quer participar de toda discussão a que for chamado e, se for necessário, pode mover ação civil pública para corrigir eventuais distorções legais”.

A Deputada Regina Becker Fortunati, proponente da audiência, lamentou a ausência de representantes das Secretarias Estaduais do Planejamento e do Meio Ambiente. O encontro, realizado no Plenarinho da Assembleia Legislativa, teve o enfoque na situação da sanidade dos animais albergados. “Foi uma discussão rica e consistente, onde todos os participantes demonstraram a mesma preocupação com a falta de definição da proposta do Executivo sobre o destino do zoo”, ressaltou a parlamentar.

Dos 600 hectares que integram a área do parque, apenas 180 hectares são ocupados pelos animais. Ela defende a readequação destes espaços para atender melhor seus moradores. O Diretor-Executivo do Parque Zoológico, Paulo Ricardo Salermo, afirmou que o governo do Estado está fazendo uma discussão sobre a concessão à iniciativa privada de espaços comerciais. Ele anunciou que, na próxima sexta-feira, 10, haverá uma reunião com os servidores do órgão para tratar do assunto.

Inaugurado em 1962, o Parque Zoológico abriga 114 espécies. Mais de cem são de espécies ameaçadas de extinção e alguns deles estão se reproduzindo em cativeiro. O representante da Associação dos Funcionários da Fundação Zoobotânica, Eduardo da Silva, teme que a mudança pretendida pelo Executivo afete práticas de manejo dos animais. Segundo ele, o Zoológico procura cumprir os padrões internacionais de manejo. “Alguns já estão sendo adotados. Outros estamos tentando seguir, como retirar o fosso que circunda o ambiente dos elefantes”, revelou.

Já o Diretor da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) Alfredo Ferreira criticou a falta de transparência no processo. “A montagem destas concessões ainda é cercada de falta de transparência. Serão concedidos só espaços pontuais, como a bilheteria e a visitação? Como ficará as quase 200 mil crianças que vistam o parque anualmente”, questionou. A intenção é formar um grupo de trabalho para dar encaminhamentos às questões que envolvem o meio ambiente do Rio Grande do Sul.

Participaram da audiência pública protetores independentes, representantes de entidades de defesa animal, Associação dos Funcionários da Fundação Zoobotânica, Associação Gaúcha de Proteção Ambiental e Natural, Conselho Regional de Medicina Veterinária, Fundação Zoobotânica, Ministério Público Estadual, Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS, Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul, Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, Reserva Florestal Padre Balduíno Rambo, Vanguarda Abolicionista, e do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais.



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