Atlas mapeará banhados na Bacia do Sinos
Tornar público os dados coletados por 13 pesquisas de mestrado que têm como objetivo identificar, preservar e recuperar áreas úmidas (banhados), nascentes e encostas em torno do Rio dos Sinos. Este é um dos principais objetivos do Projeto Verde Sinos, coordenado pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos – Comitesinos e pela Fundação Universitária para o Desenvolvimento do Ensino e da Pesquisa – Fundepe. Atualmente, um dos intuitos do Projeto é assegurar cerca de 10,4% dos banhados da Bacia por meio de um atlas. Isso equivale a quase 500 hectares dos 4.698 hectares das áreas úmidas remanescentes.
O Projeto Verde Sinos começou em 2009 com ações para reverter a degradação ou ausência da vegetação ribeirinha. O Ministério Público acompanha o Projeto de perto, por meio da Promotora de Justiça Ximena Cardozo Ferreira, que possui designação excepcional para atuação na bacia hidrográfica. De acordo com ela, o atlas será um instrumento a mais no trabalho do MP e um aliado ao plano de gerenciamento de recursos hídricos. “Esse material também será usado para impedir danos ambientais nas áreas sensíveis. É substrato teórico, com fundamentos técnicos que vão servir para fazer frente a essas agressões que o meio ambiente sofre”, enfatizou. “Normalmente, a gente passa a enfrentar o problema quando o dano já está consolidado. Nosso desafio é conseguir agir antes de acontecer”, acrescenta.
A previsão é de que o atlas esteja disponível a partir de abril de 2016. Ele evitará a descaracterização dos banhados. Atualmente, alguns proprietários de área de preservação permanente (APP), com o objetivo de dar outro destino ao local, drenam os locais para depois aterrarem. Assim, quando o processo de licenciamento ambiental é encaminhado, o banhado está descaracterizado. Caso o atlas estivesse disponível, muitas ocupações desordenadas teriam sido evitadas.
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